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Archive for the ‘Sabbaths / Esbaths’ Category

Yule – Solstício de Inverno

Festival comemorado no dia 21 de junho, a época das noites frias, a noite mais longa do ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da yule1Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. O mês de junho em gaélico chama-se Meitheamh. Em galês este festival é conhecido como Alban Arthan, a Luz de Arthur ou a Luz do Inverno, uma versão poética, que relaciona o Solstício de Inverno às lendas do rei Arthur, como Arcturus, o guardião do urso, à estrela mais brilhante do Hemisfério Norte, que celebra este festival no dia 21 de dezembro.

É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.Este é um período de fortalecimento interior e de total movimento descendente. No Solstício de Inverno os poderes da noite e da terra atingem o seu ápice.
O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.

yuleNesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.
O Solstício de Inverno é tempo de regeneração e de mudanças, o recolhimento na total escuridão da alma, ou seja, o hibernar para renovar-se. Ideal, para despertarmos nossa criança interior, renovando as esperanças e as energias.
As noites se tornam mais longas que o dia e o inverno, por fim, se estabelece. A partir desta data, a luz solar começa aumentar gradativamente, apesar do tempo frio.
O festival do Solstício de Inverno representa, basicamente, o ciclo de morte e renascimento. Momento propício à meditação, a introspecção, ao desapego e à realização de amuletos voltados para a proteção. Aproveite, também, para queimar nas chamas do fogo, em seu caldeirão, tudo aquilo que não quer mais em sua vida.

Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição “pagã”, onde aaltaryule1 árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.
Ornamente seu altar com folhas de figueira, azevinho ou cipreste, assim como o pinheiro que simboliza a renovação e o crescimento, além de elementos que lembrem o inverno. Acenda algumas velas, para simbolizar o Sol e elevar os ânimos. Honre a Grande Mãe e o renascimento do poder solar, como a esperança do retorno da luz.
Que assim seja!

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar o Solstício de Inverno

Correspondências:

– Correlação: natal cristão, renascimento do sol e a dança espiral da renovação.
– Símbolos: cor verde, vermelho e amarelo, pinhas, galhos e folhas verdes.
– Incensos: louro, carvalho ou alecrim.
– Alimentos: sidra, vinho quente ou chá, sopa, pães e bolos.

Ervas típicas:
Louro, CAMOMILA , ALECRIM , Sálvia, Zimbo, Cedro e outras.
Comidas típicas:
Carne de porco, castanhas, frutas como a maçã e pêras, bolos de castanhas embebidos de cidra, chás de GENGIBRE ou hibisco.

 

Mistérios da Noite
Noite escura adentra os mistérios da tua alma,
Expurga as sombras dentro deste absoluto infinito
No sentido contrário do habitual, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito.
A Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, o foice e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar.
Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre,
Transforme a prata e o visco nesta bela infusão
Abençoando-nos em teu ventre sagrado.

Comemorando o Yule

altaryuleO altar é decorado com plantas como pinho, ALECRIM , LOURO , zimbo e cedro, os quais podem ser utilizados para marcar o Círculo. Folhas secas também podem ser colocadas no altar. Encha o caldeirão – no altar e sobre uma superfície à prova de FOGO – com algum líquido inflamável (álcool), ou então coloque uma VELA vermelha dentro do caldeirão.

Em RITUAIS externos, prepare uma fogueira sob o caldeirão, a ser acesa durante o RITUAL , Prepare o Altar, acenda as VELAS e o INCENSO , crie o círculo, invoque a Deusa e o Deus. de pé diante do caldeirão, contemple seu interior. Diga estas palavras ou outras semelhantes.

“Não me aflijo, embora o mundo esteja envolto em sono.
Não me aflijo, embora os ventos gélidos soprem.
Não me aflijo, embora a neve caia dura e profunda.
Não me aflijo, logo isto também será passado.”

Acenda o caldeirão(ou a vela), usando fósforos longos ou uma vela, Enquanto as chamas crepitam, diga:

“Acendo este FOGO em sua honra, Deusa Mãe.
Você criou vida a partir da morte; o calor do frio;
O sol vive novamente; o tempo de luz está crescendo.
Bem – vindo, Deus Solar que sempre retorna!
Salve, mãe de Tudo!”

Circule o altar e o caldeirão lentamente, no sentido horário, observando as chamas. Repita o seguinte por algum tempo:

“A roda gira, o poder queima!”

Medite sobre o Sol, sobre as energias ocultas que adormecem durante o inverno, não apenas na TERRA mas em nós mesmos. Pense no nascimento não como o início da vida, mas sim sua continuação. Dê boas vindas ao Deus.

Após algum tempo, pare e novamente de pé diante do altar e do caldeirão no fogo, diga:

“Grande Deus do Sol, Saúdo o Teu retorno.
Que brilhes sobre a Deusa;
Que brilhes sobre a Terra,
Espalhando as semente e fertilizando o solo.
A Ti todas as bênçãos, Ó renascido do Sol!”

Trabalhos de magia, se necessários, podem-se seguir! Celebre o banquete simples. O circulo está desfeito.

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Esbath – Lua de Sangue

Conhecido mais popularmente como Lua de sangue (a última antes do Samhain) e em certos covens como lua de cura, esse é o Esbath de abril. Esta lunação marcava o inicio do tempo de caça e estoque de comida para o inverno. É um momento para celebrar os ancestrais e meditar sobre o tema morte e renascimento, antecipando a mudança que ocorrerá em Samhain. É o Esbath propicio para se livrar de hábitos e coisas ruins em nossas vidas, logo todo feitiço ou ritual de banimento se beneficiará das energias dessa lua.
Essa lua é associada a cor vermelha (sangue), exatamente por ser a lua da caça, da fecundidade, da menstruação e da maternidade, rituais com esses significados também são bem vindos.
Ritual do Esbath: Todos os aspectos pré-rituais vocês já sabem, procurem nesse Esbath usar incenso de cipreste ou qualquer outro que esteja aliado a feminilidade e a fertilidade. Antes de iniciarem o ritual façam um exercício de controle de respiração, tentem relaxar, meditem um pouco sobre o ciclo de suas vidas. Feito isso abram o circulo como de costume, antes de iniciar qualquer ritual façam uma homenagem aos deuses, dancem, cantem em volta do caldeirão cheio de água e flores silvestres, sintam a liberdade e a deusa dançando junto a vocês. Vocês podem realizar hoje um ritual de cura, ou em busca de harmonia ou até mesmo um ritual de banimento de energias negativas. Terminado o ritual que vcs escolheram coloquem o dedo indicador da sua mão de poder dentro do caldeirão e em seguida desenhem o símbolo da lua cheia em suas testas, ergam um cálice contendo vinho ou qualquer bebida de tom avermelhado e sintam a energia dos raios lunares chegando até vc e até o cálice, o poder da deusa tocará em você suave como seda, peça que ela abençoe seus projetos e os conceda fertilidade, que ela extermine as coisas ruins da sua vida e que você esteja renovado para o começo do novo ciclo em Samhain. Beba e agradeça a deusa pelas bênçãos concedidas. Agora você pode encerrar a celebração como de costume e água do caldeirão pode ser utilizada para energizar suas pedras ou amuletos.
Sugestão de ritual de cura: você vai precisar fazer dentro do seu circulo mágico um pequeno circulo de sal, dentro dele você deve colocar: uma vela branca e um athame, no centro. Em frente à vela, coloque a foto da pessoa que necessita de cura. Descreva círculos maiores sobre o circulo de sal utilizando sua varinha mágica ou equivalente e diga algo mais ou menos assim: “Deusa da vida, do amor e da bondade, nessa noite de grande força invoco teus poderes para o bem de … e que ele possa ser curado de qualquer enfermidade física e/ou espiritual.” Feche os olhos e visualize um raio de luz verde descendo do céu para a ponta do athame e então para seus braços e corpo, preenchendo-a com uma sensação confortável, intensa, fulgurante. Continue a visualização e, quando começar a sentir o divino poder curativo da Deusa acumulando dentro de si, comece a visualizar a pessoa que precisa ser curada. Concentre-se bastante e veja a pessoa em seu olho mental completamente curada, em perfeita saúde. Pegue o athame e o aponte para a fotografia (ou para a pessoa, caso ela esteja presente no ritual). Dirija e então libere a energia curativa acumulada para a pessoa enferma. Continue até que toda energia tenha sido usada. Relaxe por alguns minutos (esse ritual pode ser fisicamente exaustivo) e depois agradeça à Deusa por sua presença e ajuda. Deixe que a vela queime até o fim.

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Beltane

Hemisfério Norte: 1º de Maio – Hemisfério Sul: 31 de Outubro

BELTANE2Também conhecido como Dia 1º de Maio, Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht, o Sabbat Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu consorte, o Deus, sendo também um festival de fertilidade. Na Religião Antiga, a palavra “fertilidade” significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica por si só.

Festival celebrado no dia 31 de outubro (Deireadh Fomhair) marca a entrada da parte clara do ano. Beltane ou Bealtaine significa literalmente “fogo brilhante” ou “fogos de Bel”, em homenagem a Bilé, considerado o pai dos Deuses e dos homens. Foi em Beltane que os Tuatha de Danann chegaram à Irlanda. Este festival comemora a união dos amantes, a fertilidade, a cura e a criatividade. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1º de maio.
BELTANEBeltane é o oposto de Samhain e representa o início do verão e o final do inverno. As tradicionais Fogueiras de Beltane e as oferendas nos Poços Sagrados são atividades típicas dessa época, simbolizando a proteção e a boa sorte. É a união sagrada entre o Céu e a Terra, onde dois mundos novamente se encontram, pois os véus do Outro Mundo se tornam mais tênues.
Beltane celebra também o retorno do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. É baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiões que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.

BELTANE5No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a “morte” do Inverno, o “nascimento” da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de 1º de Maio para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se o ritual do Sabbat em honra à Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os membros do Coven dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em torno do Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus. A alegria e o divertimento costumam estender-se até as primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1o, o orvalho da manhã é coletado das flores e da grama para ser usado em poções místicas de boa sorte.

BELTANE3O calor do Sol e a exuberância da natureza representam a paixão e o amor, marcando uma época de grande poder. A luz das fogueiras, no topo dos montes e em lugares sagrados, eram rituais muito importantes em todas as terras célticas, principalmente para a purificação do gado.
“Lá Bealtaine” é conhecido na mitologia irlandesa como: “Entre os dois Fogos de Beltane”, as grandes fogueiras marcam também um tempo de purificação e de transição, anunciando a esperança de boas colheitas e as bênçãos da criação em nossas vidas. Um costume típico de Beltane é passar por entre duas fogueiras, o fogo pode ser representado por velas ou tochas. Os celtas continentais celebravam em honra à Belenos, nessa epóca do ano.
Este é um ritual muito alegre, comemorado com danças e músicas!
Essa é uma época excelente para se fazer encantamentos de cura, amor e prosperidade, além de colher o orvalho no amanhecer de Beltane para lavar o rosto e, com isso receber, suas bênçãos de beleza e juventude. Que assim seja!
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane. Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabbat. Antes da cerimônia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de “bruxo de Beltane”, e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.
Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles na fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Beltane
Correspondências:
– Correlação: festival da fertilidade, da purificação e da renovação através do fogo.
– Símbolos: cor vermelha e branca, flores vermelhas, folhas verdes e guirlandas coloridas.
– Incensos: olíbano, lilás e rosa, patchouli, almíscar ou rosas.
– Alimentos: vinho tinto, sidra ou suco, bolo de mel, pães e frutas vermelhas.
– Cores das velas: verde escuro.
– Pedras preciosas sagradas: esmeralda, cornalina laranja, safira, quartzo rosa.
– Ervas ritualísticas tradicionais: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cinco-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz satyrion, aspérula e primaveras amarelas.

Fogo Brilhante
Pelas terras além do horizonte,
Ventos sopram as chamas do fogo brilhante
Os Deuses giram até a fonte
Fazendo o coração pulsar rapidamente
Dança do amor sob a luz do luar
O destino além das imagens
Que brilham diante desse olhar
Movimento do corpo que geme de prazer
Na dança sagrada que une a taça e a espada
Corações unidos pelo eterno brilho de Bel
Resgatam as memórias de Avalon
Neste inebriante líquido sagrado de mel
O anel de ouro sela o beijo de prata
Pelas brumas que florescem novamente
Apenas para ritualizar esse divino amor
Onde os amantes se encontram finalmente

 

Ritual do Sabbath Beltane

BELTANE4O Sabbath Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer da lua da Véspera de 1º de Maio (ou de Novembro, no hemisfério sul), sendo tradicionalmente realizado no alto de uma montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. (Antigamente as grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.).

Se você planeja festejar Beltane em ambiente fechado, deverá acender o fogo em um local apropriado. Certifique-se de colocar um galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas malévolos. Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de Bel tane.
Vista-se com cores brilhantes da Primavera (a não ser que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte nos cabelos. Antes de vestir-se para a cerimônia, medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de quaisquer impurezas ou energias negativas.BELTANE1
Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Cornífero. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão. No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de vinho. Acenda 13 velas verde escuras em torno do círculo.

Prepare uma coroa de flores do campo que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas, primaveras ou malmequeres, e coloque-a no altar diante dos símbolos da Deusa e do Deus. Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca de 1m de altura) à direita do altar, enfeitado com flores e fitas de cores brilhantes.
Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incenso. Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga:

EM HONRA À DEUSA E AO DEUS CORNÍFERO, E SOB A SUA PROTEÇÃO,
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBATH.

Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar, cumprimente com ele o leste, e diga:

OH, DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES,
A TI EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO.

Segure o punhal em saudação na direção sul e diga:

ABENÇOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA,
PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS,
OH, DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.

Segure o seu punhal em saudação ao oeste, e diga:

OLIBANO E SELO-DE-SALOMÃO, GRAÇAS A ELA QUE FAZ GIRAR A RODA!

Segure o punhal e saúde o norte, dizendo:

ABENÇOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA, PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR. DEUS DIVINO DAS TREVAS, DEUS DIVINO DA LUZ, ESTA NOITE EU CELEBRO OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. Quando esse ritual é realizado por um Coven, o costume é que o Alto Sacerdote a coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa. Ajoelhe-se diante do altar, olhando para as imagens das deidades pagãs da fertilidade. Abra os braços e diga:

ESPÍRITOS DA ÁGUA E DO AR, EU PEÇO QUE OUÇAM A MINHA PRECE:
QUE O CÉU E O MAR PERMANEÇAM LIMPOS, QUE A TERRA SEJA FÉRTIL E VERDE.
ESPÍRITOS DO FOGO, ESPÍRITOS DA MÃE TERRA,
QUE O MUNDO SEJA ABENÇOADO COM PAZ, AMOR E ALEGRIA.

Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esticado, e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus, feche os olhos e diga:

QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE,
ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL.
AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR,
A GRANDE RODA DA VIDA GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.

Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar. O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um banquete, de cantos e danças na direção do movimento do sol em torno da fogueira de Beltane ou do mastro decorado para simbolizar a união divina da Deusa com o Deus.

Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

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Samhain – O Fim e o Início de um Ano Novo

Hemisfério Norte: 31 de Outubro – Hemisfério Sul: 1º de Maio

samhain1Em Samhain,o Festival do retorno da Morte,os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia,a Senhora do Caldeirão,e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno. – Mito da Roda do Ano na Religião Antiga.

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
… E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo “outro mundo”. O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

imagesCADOOQY8A Roda do Ano na Religião antiga na verdade é um ciclo que não tem começo nem fim, mas Samhaim é considerado tradicionalmente o Ano Novo na Religião Antiga, pela sua simbologia de morte e suspensão do véu entre os mundos.
Na verdade, mesmo os mitos celtas giram em torno do que acontece na natureza. Inverno, primavera, verão e outono representam, na verdade, nascimento, crescimento, decadência e morte, e a roda gira continuamente.
Samhain , festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo das Bruxos. Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão, para o “Outro Mundo”.
a_morte1O “Outro Mundo” celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
É o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.

Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do “Outro Mundo” e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.
Samhain significa “Sem Luz”, pois, nessa noite, o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule . É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno.

O Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução. A data marca o fim do Calendário celta.

A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.
Ao pôr-do-Sol do dia 31 de Outubro tem início o Samhain (em inglês pronuncia-se SOW-in, SAH-vin ou SAM-hayne, e significa “Fim do Verão”) uma celebração muito especial da 3ª e última colheita agrícola. A metade do ano dominada pelo Inverno e o Ano Novo celta começam neste Sabbath.
Muitas culturas em todo o mundo comemoram o seu Dia dos Mortos nesta data, mas o Samhain da tradição pagã teve origem nos celtas que em tempos habitaram as Ilhas Britânicas. A cultura norte-americana conhece-o por “Halloween”, a Noite das Bruxas, mas é muito mais do que isso: é um momento mágico em que as leis do tempo e de espaço são temporariamente suspensas, pois é levantado o véu que separa os mundos.

Happy-Halloween-halloween-15314954-1280-800Na Europa pré-cristã, esta altura do ano marcava o início dos meses de frio e de pouca fartura. Os rebanhos eram recolhidos a abrigos de Inverno, mas alguns animais eram abatidos para que a sua carne servisse de alimento até à Primavera seguinte. Além da sua importância agrícola, os Celtas encaravam o Samhain como um momento muito espiritual: a meio do período que separa o Equinócio de Outono do Solstício de Inverno, os povos antigos atribuíam-lhe grandes poderes de magia e comunhão com os espíritos. O “véu entre os mundos” dos vivos e dos mortos estava, nesta altura, tão fino quanto possível, pelo que era o momento oportuno para convidar os mortos a regressarem para junto dos seus entes queridos ainda vivos. A reunião era comemorada com uma mesa farta, onde sobravam cadeiras para os “convidados invisíveis”, e executavam-se rituais para apaziguar os espíritos e comunicar com o outro mundo. Outras práticas que encontravam no Samhain um momento propício eram a divinhação e os pedidos de desejos para o ano novo.
São inúmeras as tradições associadas ao Samhain, e que ainda hoje se praticam:

– Oferecer de comida em altares ou degraus, para alimentar os mortos que nessa noite vagueiem entre nós
– Acender velas às janelas, para ajudar a guiar até casa os espíritos dos antepassados.
– Acender fogueiras que vão conter a energia do Deus morto, iluminar a escuridão da noite, afastar o mal, receber a luz do Ano Novo e purificar o espaço ritual ou o lar.
– Enterrar maçãs à beira das estradas para dar algum conforto aos espíritos que se perderam ou que não têm descendentes que olhem por eles.
– Esvaziar e esculpir abóboras, dando-lhes uma cara alegre de espíritos protetores para que velem pelos vivos nesta noite de magia e caos.
– Não viajar nesta noite; vestir de branco, com disfarces ou roupas do sexo oposto, para enganar os pequenos espíritos que andam à solta a pregar partidas.
O Deus-Sol morre, simbolicamente, para voltar a nascer do ventre da Deusa-Mãe no Solstício de Inverno (Yule). Este ciclo perpétuo é essencial à regeneração da terra após as colheitas, e do ser humano, que tem aqui uma boa oportunidade de meditar sobre si mesmo, transformando o velho ego (o Sol que “morre”) num novo ego que incorpora já as experiências vividas no último ano e abandona velhos paradigmas que já não são úteis à evolução da alma.
Este é o tempo de refletir sobre a sua própria mortalidade. Aproveite!
Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a casa para visitar os familiares, e para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira, era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo. Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo. O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisíveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia. Uma das datas do calendário lunar celta de Coligny pode ser associada ao Samhain.
Esta é a primeira e ultima celebração do ano na Religião Antiga pois é quando o ano acaba e começa .
Este é igualmente um dos oito sabbaths com maior relevância, pois é a noite em que o caos primordial retorna para o inicio do novo ano, é por isso a noite em que o mundo dos vivos se mistura com o dos mortos.
Os Celtas não acreditavam em demônios, mas determinadas entidades mágicas eram consideradas hostis para os humanos, seus animais e colheitas. Deste modo muitas pessoas pregavam partidas aos seus vizinhos, desde trocar os gados, por figuras humanoides em locais para assustar, ao qual se tornou muito famosa a Jack o’Lantern ou a famosa abóbora iluminada de Halloween.
Alguns Covens festejam o Samhain na data exata em que nesse ano o sol se encontra aos quinze graus da casa astrológica de escorpião, em detrimento da data tradicional.

A palavra Samhain significa fim de verão e deriva de duas palavras “samh”,verão, e “fuin”, fim. O mês de Novembro é chamado em Irlandês de “La Samnha”.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.
Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.

Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.
De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno).

Samhain é um dos quatro grandes Sabbaths e muitas vezes é considerado o Grande Sabbath.

Samhain é um tempo para a reflexão, no qual olhamos para o ano mágico que passou e estabelecemos as metas para nossa vida no ano que entra.
Na Religião Antiga usam esse período para refletir no significado e na importância da morte tendo em mente que ela não é um fim, mas uma etapa natural do ciclo de nascimento-morte-renascimento.
Em um sentido mágico, Samhain é um momento para as Bruxas (os) descansarem e reavaliarem sua vida e seus objetivos. Agora é quando queremos nos livrar de qualquer negatividade ou oposição que possa cercar nossas realizações ou prejudicar progressos futuros. Mabon foi a concretização dos nossos desejos, e agora nós precisamos estabilizar e proteger o que ganhamos. Isso é muito importante, uma vez que é impossível se concentrar, quanto mais pôr energia em novos objetivos se o que nós temos não está seguro.

Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabbaths, enquanto os Solstícios e Equinócios são pequenos Sabbaths.
Ritual dedicado aos ancestrais, à Morrighan, Dagda e Manannán Mac Lir. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 31 de outubro.
Na Irlanda antiga, em Samhain todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano.

A comemoração do Ano Novo Celta é um momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro. É o momento da abertura dos portões entre os mundos e o véu que os oculta, se torna mais tênue. Época ideal para acessarmos o Outro Mundo.

Samhain marca também o início de um novo período e um novo recomeço em nossas vidas. Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer, acenda velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, da terra e da tradição.
Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior. Este festival é sinônimo de quietude, introspecção e renovação – representada pela união sagrada de Morrighan e Dagda.
Celebrem e vivenciem todas as fases da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo para aqueles que não estão conectados a ela. O ciclo eterno das transformações…
Onde o fim representa o começo, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!

Antes do ritual

ERVAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.
COMIDAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, Gengibre, Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Samhain

Correspondências:
– Correlação: celebração do ano novo celta, final e começo de ciclo e dia dos mortos.
– Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
– Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
– Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.

 

Rainha das Sombras
No ciclo infindável da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Harpa mágica que dedilha a sonata.
Num tempo passado e repassado
Caminha pela estrada da vida,

Verde esmeralda, ancestrais do passado.

Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain,
Rumo a um novo despertar.
Onde a noite ultrapassa o dia enfim,
Salve, Rainha das Sombras,
Senhora do começo, meio e fim!
(Extraído do livro Brumas do Tempo)

COMEMORANDO O SAMHAIN
altarsamhainDeposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso crie o círculo. Invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda.erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;

“Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem, Ó rei Sol através do poente rumo à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram, E dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caído, Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão Surge a mais intensa luz.”

Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. Acenda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas e diga:

“Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, Criei este fogo dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!”

Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir.

Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.

 

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Litha – Solstício de Verão

Primeiro dia do verão (Solstício do Verão).

Hemisfério Norte: 21 de Junho – Hemisfério Sul: 21 de Dezembro

Festival celebrado no dia 21 de dezembro com o Solstício de Verão. O mês de dezembro em gaélico se summer-solstice-sunrise-05-cc-kim-mo_002chama Nollaig. Em galês este festival é conhecido como Alban Hefin ou a Luz do Verão, é o êxtase máximo da união sagrada, onde o poder da criação está mais ativo e o Sol finalmente atingiu o seu apogeu. A natureza encontra-se plena de luz e magia. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de junho.
O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.
LITHA1No dia mais longo do ano, no ápice do verão, aproveite para meditar sob o sol da manhã, celebrando durante todo o dia até o anoitecer, trazendo assim, toda magia solar para o seu interior. Esta é a época para se homenagear o Sol e nas tradições pagãs costuma-se pular fogueiras para a purificação, a fertilidade, a saúde e o amor.
Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbath do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)
No Solstício de Verão, também é o tempo em que o carvalho floresce e sua energia é especialmente honrada, onde o visco sagrado era colhido pelos antigos druidas, numa cerimônia tradicional. Muitos círculos de pedras e monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do sol nesse dia, incluindo Stonehenge.
Aproveite esse ritual para fazer oferendas e comunicar-se com o “Povo das Fadas”, pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão. Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo. essasfadinhasEste festival é propício para renovar todas as vibrações tanto da casa, como das pessoas. Além de ser um momento ideal para ativar a prosperidade, a prática de jogos recreativos e piqueniques em família.

Período de materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o seu merecimento, tornando-se realidade. Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão.
O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia.
É o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbath do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar o Solstício de Verão

Correspondências:
– Correlação: festas juninas, o midsummer, a noite das fadas e da magia.
– Símbolos: cor amarela e laranja, flores de girassol e símbolos solares.
– Incensos: alecrim, louro ou canela, olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia..
– Alimentos: vinho tinto, sucos cítricos, pães, frutas e hidromel.
– Cores das velas: azul, verde.
– Pedras preciosas sagradas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
– Ervas ritualísticas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.

Saudação a Cernunnoshomem-verde-da-natureza-243x300
Louvado seja o Homem Verde!
Senhor dos espíritos da natureza,
Aquele que dirige sabiamente os animais,
Os bosques e os campos verdes de infinita beleza.
Deus da liberdade e da fertilidade,
Circunde de luz a terra sagrada
Muito além dos portais do Outro Mundo,
Onde seres feéricos fazem sua morada.
Para o deleite das almas cansadas,
Que tudo regenera e fertiliza.
Ser sagrado das folhas novas do carvalho
Ouça o chamado da nobre druidisa.
Inspire-nos pelos ventos da transformação
Na divina sabedoria de nossos ancestrais.
Faça valer o código da honra e da verdade,
Preservando junto de ti antigos rituais.
Pelo fogo ardente das paixões
Resgate o amor e a esperança divina
Nos corações de todas as criaturas,
Através da água mais pura e cristalina.
Abençoe-nos para que tudo sempre renasça.
Que assim seja e assim se faça!

 

Ritual do Sabbath Litha

Litha_Altar_by_WilhelmineO ritual que se segue é tradicionalmente realizado pelos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza. Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recentemente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro de círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando em movimento destrógiro.
Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. No ponto cardeal correspondente ao Ar, coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. No ponto cardeal correspondente à Água, coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva).

Observação: A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.
As conexões com os quadrantes variam muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação “padrão” Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde “vinham os deuses”
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles
. o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente
Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.
Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz:

EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA.

Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga:

COM SAL E ÁGUA EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.

Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz:

OH, ABENÇOADA MÃE TERRA, DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO,
A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO.
EM TEU NOME SAGRADO E SOB A TUA PROTEÇÃO INICIA-SE ESTE RITUAL DO SABBATH.

Faça soar o sino três vezes e invoque:

ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA,
MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA,
EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM.

Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos. Leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz:

EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI,
OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.

Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga:

COM O SOL NO SEU ZÊNITE EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO
EM HONRA A TI, OH GRANDE DEUSA.
E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS.
À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER O TEU AMOR DIVINO
E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.

Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA!
A DEUSA É VIDA. A DEUSA É AMOR, ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR QUE MUDA AS
ESTAÇÕES E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO.
ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS.
A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES. ELA É A VIDA, ELA É A MORTE, ELA É O RENASCIMENTO.
ELA É O DIA, ELA É A NOITE, ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ, ELA É TODAS AS COISAS
SELVAGENS E LIVRES.
ASSIM SEJA.

O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa.
Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

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Lammas – Festival de Lughnasadh

Hemisfério Norte: 1º de Agosto – Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro

Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto* e Primeiro Festival da Colheita, o LAMMAS1Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbath (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

Lughnasadh é celebrado no dia 1° de fevereiro (Feabhra). “Lá Lúnasa” é um dos quatro Festivais Celtas do Fogo e, basicamente, um ritual agrícola de agradecimento, onde se comemora o primeiro dos três festivais da colheita, dedicado ao Deus Lugh, seu nome significa “Luz” – belo como o Sol. O Deus dos ferreiros e das muitas habilidades. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1° de agosto.LAMMAS6
Época ideal para agradecermos às nossas colheitas, sejam elas boas ou não, pois sabemos que na evolução tudo é necessário para o crescimento espiritual. A festa de Lugh marca o tempo da colheita, onde oferendas são feitas com o objetivo de protegê-las, além de casamentos cujo acordo durava um ano e um dia, podendo renovar-se todos os anos.
Lughnasadh literalmente significa “Jogos de Lugh”, isso se deve ao antigo costume celta de promover encontros tribais, feiras e competiçõesLAMMAS3 esportivas, denominado “Oenach”, quando os clãs se reuniam em paz, para honrar a soberania da terra e resolver questões jurídicas.

Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.
A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas.
As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.

LAMMASDurante este festival honramos, também, a mãe adotiva de Lugh, Taltiu, que morreu depois do grande esforço que fez para limpar a planície central da Irlanda, preparando a terra para o cultivo, metáfora ao sacrifício que a Grande Mãe faz todos os anos, para que o ciclo da colheita se perpetue.
Amuletos e talismãs antigos deverão ser queimados neste ritual, onde simbolicamente nos livramos de tudo aquilo que está velho e desgastado, pois a vida se torna morte e a morte se torna vida, o ciclo da criação.
LAMMAS4Mesmo não plantando e nem colhendo mais o nosso alimento, lembre-se que tudo foi semeado e produzido nos campos da Mãe Terra. Então, agradeça sempre aos Deuses pela fartura e abundância de nossas vidas. Neste festival, enfeite seu altar com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.

LAMMAS2Neste ritual, o primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do caldeirão, juntamente com papéis, onde serão escritos seus agradecimentos.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Lughnasadh

Divindades Celtas: Lugh, o brilhante!
Correspondências:
– Correlação: o ciclo das colheitas e dia de ação de graças cristão.
– Símbolos: cor vermelho, amarelo e laranja, pães de cereais e lança de metal.
– Incensos: camomila, sândalo ou alecrim, aloé e rosa.
– Alimentos: vinho tinto ou suco de frutas, cerveja, pães, bolos e milho. Obs: o milho é um alimento característico das Américas que, historicamente, não foi utilizado pelos celtas.
– Cores das velas: laranja e amarela.
– Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
– Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

A Primeira Colheita
Bendita seja a água sagrada
Que purifica a alma e o coração,
Sob a Lua dessa colheita abençoada.
Sombras anciãs trançam suas raízes pela terra
E ofertam seus primeiros grãos
À Grande Mãe na próxima primavera.
Guiados pela lança de Lugh, o brilhante,
Sofrimentos são banidos
Para algum lugar bem distante.
Girando pelas espirais da lenda e do mito,
Caminhamos pela luz do dia
Rumo às estrelas da noite no espaço infinito.
Agradecendo o pão que nos é oferecido
Neste altar de feixes e de grãos,
Consagro esse elo querido.
Ao nobre que caminha com inspiração
Pela doçura desse ciclo sem fim,
O amor que une a verdadeira união.

 

[Omnia- Lughnasadh]
O híu Noshàh
O hí Lúghnásádh
Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life
Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life
Spear of fire
Burn so brightly
As the sunwheel in the sky
Spear of fire
Burn within me
O híu Noshàh
O Lúghnásádh
Lughnasadh

 

Ritual do Sabbath Lammas

LAMMASALTARComece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat.
À esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior. À direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.
Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, enquanto diz:

COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO,
OH CÍRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBATH.
SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBATH.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBATH EU VOS CONJURO, AGORA,
OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBATH EU VOS CONJURO, AGORA,
OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBATH EU VOS CONJURO, AGORA,
OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:

NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBATH EU VOS CONJURO, AGORA,
OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga:

OH SENHORA DA COLHEITA, EU TE AGRADEÇO POR NOS SUSTENTAR NAS PRÓXIMAS ESTAÇÕES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbath:

SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA.
À DEUSA VÓS DEVEIS VOLTAR.
ABENÇOAI-ME COM A SORTE
E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA.
ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

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Mabon – Equinócio de Outono

Primeiro dia do outono (Equinócio do Outono).

Hemisfério Norte: 21 de Setembro – Hemisfério Sul: 21 de Março

O Sabbath do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbath de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.
MABON1Festival celebrado no dia 21 de março com o Equinócio de Outono. O mês de março em gaélico se chama Márta. Em galês este festival é conhecido como Alban Elfed ou a Luz de Outono, período onde se comemora a segunda colheita, iniciada em Lughnasadh. A vegetação e a luz solar diminuem e os mistérios da vida e da morte se fazem presentes. Mais uma vez, os dias e as noites são iguais. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de setembro.

Época do equilíbrio, da paz e do tempo de se fazer uma avaliação de tudo aquilo que foi plantado e colhido. As folhas começam a cair e o Sol a minguar rapidamente. A natureza declina e se prepara para a chegada do inverno.

Este festival homenageia o Deus galês Mabon, representando a colheita dos frutos, a despedida do verão e a preparação para o inverno, que se aproxima. Mabon é filho de Modron, a Grande Mãe dos galeses, associada à fertilidade e às colheitas dos campos. Modron, às vezes, era comparada a Morrighan, bem como a Morgana Le Fay dos mitos arthurianos.
Fase ideal para fazer banimentos, pedir harmonia no amor e proteção às pessoas que amamos. Aproveite a energia deste ritual para caminhar em um bosque e colher sementes e folhas secas, refletindo sobre a colheita recebida, durante o ápice do outono.
No Equinócio de Outono lembre-se também daqueles que estão doentes e das pessoas mais velhas, que precisam da nossa ajuda, dirija-lhes palavras de amor e carinho.
Enfeite seu altar com os grãos e sementes que sobraram da primeira colheita, milho, abóboras, maçãs e outros frutos do outono. E, agradeça mais uma vez à Grande Mãe, pelas bênçãos recebidas durante a sua colheita pessoal.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).
Que assim seja!

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar o Equinócio de Outono

Divindades Celtas: Mabon em “Culhwch e Olwen”
Correspondências:
– Correlação: resultado das colheitas, preparar-se para o inverno e despedir-se do verão.
– Símbolos: cor laranja e marrom, grãos, sementes e folhas secas.
– Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas, lavanda ou sálvia.
– Alimentos: vinho branco ou suco de frutas, cerveja, pães de cereais e bolos.

– Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
– Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
– Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

 

A Segunda Colheita
Num tempo de infinita beleza,
A vida segue as mansões da Lua
Na dança cósmica da natureza.
Realinha seu eixo energético
E cresce um pouco a cada dia,
Completando a roda do ano céltico.
Na jornada da segunda colheita,
Não existem tradições e nem contradições
Existe, apenas o princípio maior da criação,
O equilíbrio perfeito em nossos corações.
(Extraído do livro Brumas do Tempo)

Ritual do Sabbat Mabon

 

Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.MABON-ALTAR

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo:

COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA
EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBATH SOB O NOME DIVINO DA DEUSA
E SOB A SUA PROTEÇÃO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBATH.

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga:

OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE,
EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBATH
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga:

OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL,
EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBATH
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga:

OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE,
EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBATH
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga:

OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE,
EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBATH
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga:

AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER.
A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBATH QUEIMA.
SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA.
E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR,
CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES.
O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR.
A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE.
QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

Categorias:Sabbaths / Esbaths

Samhain – Adeus ao Deus / Samhain – Farewell to the God

“E mais uma vez Ele parte deixando a promessa de retorno com a centelha de vida que será gerada dentro Daquela que trará de novo a luz.”

Samhain, o ano novo pagão, o momento onde o que foi vivido e o que virá a frente ficam cara a cara. Momento de despedidas e encontros, desapegos e desejos, luz e escuridão. É a noite mais mágica do ano, onde o véu que nos separa daqueles que já partiram se torna mais tênue nos permitindo sentir a presença dos que amamos e já não convivem mais junto de nós. Nossos ancestrais, entes queridos, amigos, pessoas que passaram em nossas vidas e hoje tudo o que deixam são saudades. O Samhain é o momento de honrar todos esses, de mostrar a vida para a morte, de mostrar o recomeço para aquilo que todos pensam ser somente fim. O Deus parte para a escuridão, deixando o mundo em sombras, essa simbologia é bem mais que uma despedida, partir para o mundo sombrio significa ir onde não podemos habitar e muita das vezes esse lugar sombrio, misterioso, se localiza dentro de nós mesmos, no mais íntimo do nosso ser, onde tememos ir e não conseguir voltar, onde ficam os nossos anseios, temores, fraquezas. Samhain é o momento onde devemos ir dentro de nós, buscar entender o motivo da nossa existência, porque estamos aqui? E já que estamos, o que devemos fazer para melhorar a nossa vida? Pensar nas coisas que deram errado no ano que se foi e planejar melhor o ano que virá. Sem medo do que encontraremos no caminho, apenas devemos partir, ir, seguir em frente e depois brilhar. Devemos tirar das nossas vidas aquilo que nos impede de ser feliz, que nos deixa preso, amargurado, sem perspectiva.
Ele partiu, porém sua presença hoje continua conosco e espera que nós cheguemos até ela, o caminho todos nós sabemos, talvez não consiga ser enxergado com os olhos abertos, olhe para dentro e veja no meio de toda a escuridão, no meio das sombras, ao lado daquilo que você mais teme, daquilo que você mais foge, lá está Ela/Ele, unidos, sentada em um trono e dentro Dela, a centelha de vida, a centelha de luz sendo gerada para iluminar o nosso destino.

Feliz Samhain a todos, é o que desejo de coração para coração!

Abençoados Sejam!

Angus Cailleach

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“And once again he left the party promise to return with the spark of life that will be generated within that will bring new light.”

Samhain, the pagan new year, the moment where what was experienced and what lies ahead come face to face. Moment of meetings and farewells, detachments and desires, light and darkness. It is the most magical night of the year where the veil that separates us from those who have departed becomes thinner allowing us to feel the presence of those who love and live more longer with us. Our ancestors, loved ones, friends, people who lived in our lives today and leave all that are missing. Samhain is the time to honor all those, to show life to death, to show the beginning for what everybody thinks is just so. The God part to the darkness, leaving the world of shadows, this symbolism is much more than a farewell, going to the dark world means going where we can not live and a lot of times this gloomy, mysterious, lies within ourselves, in the depths of our being where we are afraid and unable to go back, where are our anxieties, fears, weaknesses. Samhain is the time where we should go inside of us seek to understand the reason for our existence, because we here? And since we are, what we do to improve our lives? Think about the things that went wrong was in the year and better plan for years to come. Without fear of what to find on the way, we should just go, go, move on and then shine. We must strip from our lives that prevents us from being happy, that leaves us stuck, bitter, no prospects.
He left, but his presence remains with us today and hopes that we come to it, the way we all know, may not be able to be seen with eyes open, look inside and see amidst all the darkness in the shadows, next to what you fear, what more you run, there is She / He, together, seated on a throne and on It, the life spark, the spark of light being generated to illuminate our destiny.

Happy Samhain to all, is what I want a heart to heart!

Blessed Be!

Angus Cailleach

Ostara e o Equinócio da Primavera

setembro 12, 2010 Deixe um comentário

Trechos retirados de sites paganistas:
Ostara é o primeiro dia da Primavera, ocorre cerca de 21 de setembro no Hemisfério Sul e 21 de março no Hemisfério Norte. O inicio da primavera marca também a volta do sol e uma época do ano em que dia e noite tem a mesma duração depois do inverno. É o despertar a Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação no entender dos wiccanos. Ostara também lembra Easter (Páscoa, em inglês), pois a páscoa no hemisfério norte é realizada nesta época do ano. Mesmo os não wiccanos sentem-se diferentes neste período, mais dispostos, comem menos, dormem menos e acordam mais cedo. Para os wiccanos também é época de começar a plantar, época do amor, de promessas e de decisões, pois a Terra e a natureza despertam para uma nova vida.
Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho.

Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, A Donzela revigorada e cheia de alegria. O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mundo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.

Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitados com flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Nesse caso, não utilize tintas tóxicas, pois podem provocar problemas se ingeridas.

Use anilinas para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de cebola na água, o que dará uma bela cor dourada. Antes de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em volta do Altar para energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a sua criatividade.

Os pedidos devem ser voltados à “fertilidade” em todas as áreas.
Minha Opinião sobre o tema:
Vejo o Equinócio de Primavera como um retorno, uma renovação, a continuação do bailado eterno entre sol e lua, entre O Deus e A Deusa. Desde o desabrochar da primeira flor já somos abençoados pelas energias e influências da nova estação, e nada melhor do que usar destas energias para melhorar alguns aspectos em nossas vidas, fazendo com que aconteça somente coisas boas, não passando por cima dos problemas, mas enfrentando-os com força e determinação e vencendo sempre no final. O sol volta a ser forte e vigoroso nesta época do ano, e assim também devem ser seus filhos, corajosos e sem medo dos caminhos rochosos que terão que passar pra alcançar os seus objetivos.
Não divulgarei rituais para o Sabbath de Ostara já que tenho o pensamento de que uma celebração desse tipo é uma conexão pessoal entre a pessoa e os seus Deuses, por isso crie seu próprio ritual, não se prenda a paradigmas, dogmas e leis, faça o que queres sempre, pois há de ser o todo da lei, não permita que pessoas o façam mudar a beleza da simplicidade do seu ritual, tenha sempre em mente que para entrar em sintonia com qualquer divindade, seja ela qual for, não é necessário acender ao menos um incenso, é somente preciso estar de coração aberto e receptivo, e ter amor por Aqueles aos quais presta culto.
Desculpem-me pelo afastamento longo que tive do blog, acontece que muitas coisas roubam o meu tempo, porém postarei mais e sempre que possível. Desejo um ótimo Sabbath a todos e que todos consigam realizar seus desejos nessa tão florida e abençoada primavera. Abraços a todos.
Fraternamente,
Angus Cailleach )0(

Sabbaths – Roda do Ano – Celta

fevereiro 20, 2009 Deixe um comentário

Durante o ano, são realizados 8 Sabbaths:

A concepção de tempo dos pagãosRoda do Ano (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.

Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.

Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.

Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.

O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.

Samhain – O Fim e o Início de um Ano Novo

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.

… E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo “outro mundo”. O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

O “Outro Mundo” celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.

Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do “Outro Mundo” e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.

Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades.

Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse momento tão especial da Roda do Ano.

Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como a natureza, renascerão. Os cristãos transformaram essa data no “Dia de Todos os Santos” e no “Dia de Finados”, numa alusão supersticiosa a essa ligação.

É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbat é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo sumo de maçã. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!

A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.

 

Yule – Solstício de Inverno

É desta data antiga que se originou o Natal Cristão (no Hemisfério Norte). Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.

Este dia também é chamado Alban Arthuan (A Luz de Arthur), na tradição druida. É o tempo da morte e do renascimento. O Sol parece estar nos abandonando completamente, enquanto a noite mais longa chega até nós.

Coloque flores e frutos da época do altar. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes.

Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição “pagã”, onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.

 

Imbolc ou Candlemmas – Festa do Fogo ou Noite de Brigit

Imbolc quer dizer: dentro do útero. O inverno ainda não foi embora, mas por baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante de nossos olhos, mas já estão lá, latente, pulsando, esperando o momento certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda sob a energia revigorante do Sol.

Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.

Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial para nossa família e amigos. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.

 

Equinócio de Primavera – Ostara – Festa da Fertilidade

Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É, portanto, uma data de equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de vida e alegria.

O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mudo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.

Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.

 

Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa

Pronuncia-se Bioltuin (Be-All-Twin) É o festival do casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a Virgem.

Por ser uma data de cunho profundamente sensual, foi talvez uma das mais sincretizadas pela cristandade. Assim, as fogueiras de Beltane e o Maypole (mastro adornado com as fitas coloridas trançadas) tornaram-se as fogueiras e mastros das festas dos santos “casamenteiros” cristãos, bem como o mês de Maio foi consagrado à Virgem Maria e tido como benévolo aos casamentos. Na tradição antiga as pessoas não se casavam durante o Beltane, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.

BELTANE, em 01 de Novembro aqui no hemisfério sul, mas em 1o. de Maio nos países nórdicos berços do culto, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelas energias da Natureza, pela força das sementes e flores que desabrocham, a Deusa e o Deus apaixonam-se. Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas fogueiras são acesas. As fogueiras de Beltane simbolizam o calor da paixão e a intensidade da interação entre a Deusa e o Deus, e a crescente fecundidade da Terra.

Belenos é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de “pular a fogueira” nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função.

Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses.

As Fogueiras de Beltane
Na antiga religião, antes da Igreja destruir este culto e transformá-lo no que se conhece como “bruxaria”, os camponeses iam para os bosques de carvalhos à noite e acendiam enormes fogueiras para a Deusa o que tornou esta festividade conhecida como As Fogueiras de Beltane.

Nesta época, os princípios morais vigentes eram outros, a mulher era um ser livre e não havia o machismo como hoje se conhece. As sociedades eram matriarcais. Sendo assim, nesta noite de Beltane, as moças virgens e mesmo as casadas, iam para os bosques na celebração do que se chamava “O Gamo Rei” onde os rapazes copulavam com as moças sob a lua cheia guiados pelo instinto num ritual de fecundidade e vida.

As crianças que por ventura fossem geradas nesta noite eram consideradas especiais e normalmente as meninas viravam sacerdotisas e os meninos magos. O ritual era consagrado à Deusa para que esta trouxesse sempre boas colheitas através da fertilidade da terra. Embora o culto fosse predominantemente feminino, não se excluía, de forma alguma, o papel do Deus, pois, a essência de Beltane, sendo a fecundação, impunha sempre, a presença do feminino e masculino.

Sendo assim, no Beltane, os meninos tinham a sua cerimônia de passagem da adolescência para a maturidade. O rapaz personifica o Deus e a virgem, a Deusa. Na escolha de um rei, o rapaz veste a pele de um Gamo (um veado real) e desafia um gamo de verdade, o líder da manada, e luta com ele até a morte de um deles.

Se o rapaz for o vencedor, terá sido escolhido Rei representando o Deus, o Gamo Rei e terá uma noite com a Virgem que representa a Deusa onde um herdeiro será concebido. O novo herdeiro, um dia deverá disputar com o pai pelo trono. O Gamo Novo e o Gamo Velho…

O Rei Arthur passou por esta prova numa noite nas fogueiras de Beltane conforme o romance Brumas de Avalon.

Quando não era preciso escolher-se um rei, a luta com o gamo não era necessária e a tradição seguia apenas como uma representação ritual.

A tradição do Gamo Rei foi transformada, através dos tempos, e a imagem do gamo, em alguns cultos, substituída pela de qualquer animal que tivesse galhos ou chifres, sempre representando a divindade masculina do Deus que recebe os nomes de Galhudo, Cornélio, Cornudo e até mesmo Chifrudo sem ter qualquer conotação com o que a Igreja estabeleceu como “demônio do mal”. Os galhos na antiguidade eram sinônimo de força e honra e não o que hoje significam.

Então, no 31 de outubro ou 01 de novembro, estaremos na Lua cheia, ao ar livre, recebendo o luar e longe de qualquer coisa feita pela mão do homem. Deveríamos fazer um círculo com pedras, ficar dentro dele e acender uma pequena fogueira. Este ritual de fertilidade vai promover mudanças na vida de todo aquele que entender o significado do Beltane. Na verdade é um louvor a Terra, à Natureza e à Mãe de todas as coisas. É uma data muito bonita e de grande significado.

Em Beltane nós nos abrimos para o Deus e a Deusa da Juventude. Não importa quanto velhos sejamos, em Beltane, sentimo-nos jovens novamente e nos unimos ao fogo da vitalidade e juventude e permitimos que esta vitalidade nos vivifique e cure.

Quando jovens talvez usássemos este tempo como uma oportunidade para conectar nossa sensualidade de um modo criativo e quando mais velhos esta conexão será obtida através da união dentro de nós mesmos, das nossas naturezas feminina e masculina. A integração entre nossos dois aspectos interiores, feminino e masculino, é o caminho da espiritualidade e Beltane representa o tempo onde podemos nos abrir amplamente para este trabalho permitindo que a natural união das polaridades ocorra naturalmente. Este é um trabalho essencialmente alquímico.

 

Midsummer – Litha-Solstício de Verão

Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o único Sabbat em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande.

É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar.

Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.

Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte.

Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.

Na noite de Midsummer (o Solstício de Verão) fadas, duendes e toda a sorte de elementais correm pela terra, celebrando o fervor da vida. A data era comemorada nos tempos antigos geralmente com jogos e festivais. O corpo e o físico são reverenciados nesta data.

 

Lughnasadh ou Lammas – Festa da Colheita

Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.

Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.

Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.

O outro nome do Sabbat é Lammas, que significa “A Massa de Lugh”. Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os celtas faziam um pão comunitário, que era consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.

O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.

Este é o primeiro dos três Sabbats da colheita. O Deus já dominou o mundo das trevas, e agora passará por leves mudanças, seu poder declinando sutilmente com o passar dos dias. Por isso, o honramos, e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas.

 

Mabon – Autumn – Equinócio de Outono

Este é o segundo dos festivais da colheita (sendo Samhain o terceiro). A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a terra para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.

No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas.

O Deus está agonizando e logo morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.

O período negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para evocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda, que em pouco tempo se fará presente.
Estes festivais estão associados aos Ciclos da Terra. Como complemento, temos os festivais solares solstícios e equinócios) (, perfazendo assim os oito pontos da Roda do Ano.

O estudo correto dos mitos associados a cada festival, seu simbolismo e sua linguagem mágica, faz com que tenhamos contato com seus significados mais profundos, trazendo assim a verdadeira compreensão dos mistérios.

Quando travamos contato íntimo com os mitos e lendas das deidades associadas a cada festival, percebemos que não é por acaso que o deus Lugh está associado ao período da colheita outonal, existem mil verdades a serem conhecidas por trás da vivência dos festivais.

A Celebração dos Festivais que compõem a Roda do Ano Celta resgata uma ancestral prática de Mistérios, a qual possibilita aos celebrantes a compreensão dos mais profundos significados de seu simbolismo.

Fonte: Mitologia céltica, Mistérios Antigos, Tempo Astral.