Arquivo

Archive for outubro \08\+00:00 2008

Cuidado com armadilhas

Desde o dia em que a Wicca passou a ser divulgada pelos 4 cantos do mundo, passou a ser difícil, senão impossível, conter ou impedir a proliferação de charlatões que lançam mão de todo tipo de artifício para: ganhar fama e/ou dinheiro e/ou alcançar objetivos particulares.
Podemos encontrar coisas do tipo:
CURSO DE WICCA POR CORRESPONDÊNCIA: com promessas de receber no final um lindo diploma… Se não concorda comigo, então pare e pergunte para vc mesmo: ” Conheço algum padre, ancião, rabino que tenha sido iniciado por correspondência? Se conhecer nos informe por favor…
VENDA DE LIVRO DE RECEITAS DE FEITIÇOS MILENARES: Dá até para rir, mas, você encontra! Basta fuçar pela internet…chegam a cobrar verdadeiras fortunas e existem muitos simpatizantes e neófitos que compram achando que se tornarão bruxos mais potentes que Merlin. É claro que pela internet encontramos zilhões de feitiços prontos. No próprio Empório tem, mas, está lá…em seu linkizinho e pode ser copiado por qualquer um. Se fazem efeito? Nada faz efeito se você não souber conduzir, se não acreditar, se não souber, no mínimo, o que realmente quer alcançar. O que dá certo para um não significa que dará certo para você. O mais legal é por seu coração para funcionar e escutar sua intuição e, então, a partir disso, fazer seu próprio feitiço, que pode ser um simples e singelo pensamento que vc direciona para determinada coisa.
VOCÊ! É VOCÊ MESMO! QUER SER WICCANO??? VENHA AQUI QUE EU TE INICIO… isso também existe.! Pessoas, por pura má fé, se dizendo mestres, gurus e etc., cobram fortunas, para iniciar pessoas que teimam em acreditar (erroneamente) que na Wicca existem mestres, gurus, presidentes, representantes oficiais, etc. Conselho de amigo…Corra!

É claro que existem pessoas sérias que ministram cursos, não para fazer você virar um bruxo um wiccano, mas para dar bases, caminhos que o ajudarão a caminhar. É claro que muitos cobram…afinal, muitos ministram tais cursos em locais onde há gastos, como luz, água. Ainda, outros dispõem de tempo para ministrar tais cursos, tempo.
O que tento dizer é que você deve ser crítico. Colher informações. Ser “sacana”, “velhaco” para saber separar o joio do trigo. Para não cair nas mãos de vigaristas. Os wiccanos sérios não saem à procura de ninguém! Não convertem ninguém!
Agora, deixando os casos de 171 (para os que não sabem, 171 é o artigo do Código Penal sobre estelionato), vamos falar de outro ponto que acredito ser de grande importância para quem está se iniciando.

Para vocês que estão tendo o primeiro contato, gostaria de dar toques como:
1. Não acredite, por pura preguiça, em tudo que te falam. Questione! Critique! Busque outras fontes que tratam sobre o assunto! Some tudo e, então, tire sua conclusão, sua definição particular. Apesar de termos bons livros, será que podemos garantir que são 100% confiáveis? Será que 100% completos? A leitura de 2 ou 3 autores sobre o mesmo assunto, pode levar você a entender, completar ou descartar determinados pontos.
2. Não fique de braços cruzados esperando que tudo caia de mãos beijadas. Corra atrás. Entre para listas de discussão. Vasculhe sites. Leia o máximo de livro que puder. Faça amizades férteis com pessoas que como você encaram a religião com a devida seriedade que é.

3. Não fique somente nas leituras, chats, listas e troca de informações…ou seja, não se limite apenas em teoria. Erga as mangas e bote pra quebrar. Comece a comemorar seus Sabbats e Esbats, mesmo que seja trancado em seu minúsculo quartinho. E, por favor, não me venha com aquela venha história de que tem medo de errar. Ponha uma coisa na cabeça, se estiver decidida(o) de coração a fazer o ritual…tenha a certeza absoluta de que a Deusa e o Deus te ajudarão. Mesmo porque se não tentar, nunca vai aprender.

4. Não deixe de praticar seus rituais, por causa da velha desculpa de não ter os instrumentos rituais necessários: BOS (livro de sombras), athames, caldeirão e etc. Você é inteligente e sabe que se pegar folhas de sulfite e encarderna-las terá o seu livro de sombras; seu athame não precisa ser do tamanho do athame do He Man…e muito menos precisa custar milhões de dólares. Uma singela faquinha da tramontina, servirá para o propósito de direcionar energia e etc. Use a imaginação,. Crie seu instrumento. Use e abuse da argila, da madeira, das tintas e pincéis. Só não deixe de realizar seus rituais por não ter tais objetos.

Acredito que estas palavras ajudarão você a ficar alerta em sua caminhada.

Antes de terminar, gostaria de pedir desculpas por qualquer mal entendido que talvez possa surgir com este texto. E, também, gostaria de deixar claro que esta é a minha posição. Ninguém está obrigado a aceitar ou deixar de aceitar.

Fonte: http://www.emporiowicca.com.br/armadilha.html

Categorias:Artigos Tags:

Sobre os Deuses e Deusas

SOBRE OS DEUSES E AS DEUSAS

Como apenas uma pequena introdução, os neófitos precisam saber que:
Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão.
Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen (ou Kerridwen).
O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma “pasta” (massa) para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.
Tanto a(o) bruxa(o), pode se achar mais conectado com o panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar Ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e achar mais legal reverenciar os deuses deste panteão.
Ainda, pode, por sentir-se atraído por divindades de vários panteões, prestar homenagem tanto a Cerridwen quanto a Hécate, ou seja, misturar os panteões.
O ideal é que o neófito, ou seja, o jovem iniciante, busque aprofundar seu conhecimento acerca de cada panteão, adquirindo livros que tratem da mitologia e, também, que busquem em sites exclusivos sobre o assunto.

Só uma pequena dica: Querido amigo, não espere que as coisas lhe caiam do céu. Seu empenho, sua busca é fundamental para seu crescimento. Como vá dizia aquele velho filme: “A FORÇA ESTÀ COM VOCE!” Ninguém é melhor mestre do que vc mesmo. Acredite nisso e cresça!

A Deusa

A DEUSA

Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições.

Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida. PRINCIPIO FEMININO OU GRANDE MÃE.
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.
A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular.
A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal! A Deusa é a Mãe universal.
É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca, ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante.
Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física.
É uma existência humana entre duas encarnações. Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, ela é tanto a tentadora como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo. Porém, apesar de ela ser feita de ambas as naturezas, a Wicca a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido.
Nós a vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor. A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos. Muitos símbolos são utilizados na Wicca para honrá-la, como o caldeirão, a taça, o machado, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda… para citar uns poucos. Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas.
Algumas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados a Deusa!
A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça; uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés; a eterna mãe com o peso da criança; a tecelã de nossas vidas e mortes; uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres. Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna.

CANÇÃO DA DEUSA

(Esta canção, enviada para o EW em 1999, é baseada em uma invocação criada por Morrigan, fonte oficial não divulgada)


Sou a Grande Mãe, cultuada por todas as criaturas e existente desde antes de sua consciência.
Sou a força feminina primitiva, ilimitada e eterna.
Sou a casta Deus a da Lua, Senhora de toda a magia.
Os ventos e as folhas que balançam cantam meu nome.
Uso a lua crescente em minha fronte e meus pés se apoiam sobre os céus estrelados.
Sou os mistérios não solucionados, uma trilha recém-estabelecida.
Sou o campo intocado pelo arado.
Alegre-se em mim, e conheça a plenitude da juventude.
Sou a Mãe abençoada, a graciosa Senhora da Colheita.
Trajo a profunda e fresca maravilha da Terra e o outro dos campos carregados de grãos.
Por mim são geridas as temporadas da Terra; tudo frutifica de acordo com as minhas estações.
Sou o refúgio e cura.
Sou a Mãe que dá vida, maravilhosamente fértil.
Cultue-me como a Anciã, mantenedora do inquebrado ciclo de morte e renascimento.
Sou a roda, a sombra da Lua.
Controlo as marés das mulheres e dos homens e forneço libertação e renovação às almas cansadas.
Apesar de as trevas da morte serem meu domínio, a alegria do renascimento é meu dom.
Sou a Deusa da Lua, da Terra, dos Mares.
Meus nomes e poderes são múltiplos. Distribuo magia e poder, paz e sabedoria.
Sou a eterna Donzela, a Mãe de tudo, e a Anciã das trevas, e lhe envio bênçãos de amor sem limite.

Fonte: emporiowicca

Categorias:Artigos Tags:

Cernunnos

O DEUS

O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria, coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma , nasce e morre todos os dias, ensinando aos homens os segredos da morte e da renascimento.

Segundo os Mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá a luz. Este Mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na primavera.

Para a maioria pode aparentar meio incestuoso, quando afirma-se que o Cornífero seja filho e consorte da Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso simbolismo do Mito deve ser observado, pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio Deus e por isso para Ela Ele deve voltar.

O culto aos Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso a Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de alimentação. Com a crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status deste importante Deus torna-se bastante difícil.

O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção a continuidade. Cernunnos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte. É o amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que desperta-nos para a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo. Ainda hoje existe muito confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.

O culto à Deusa Mãe e aos Deus Cornífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas pagãs ou como deidade da Bruxaria.

A Arte Wiccaniana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma divindade com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje pelos Bruxos modernos temos que pensar como nossos antepassados.

Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.

Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. O capacete com chifres acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.

Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos.

Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda associam-nos. O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade, luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.

A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do Universo

PRINCÍPIO MASCULINO DO DEUS

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber O verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará.
E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses. O Deus tem sido reverenciado há eras.

Ele não é a deidade rígida, o Todo-Poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa. Deus ou Deusa, eles são iguais, unidos. Vemos o deus no Sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.

O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornudo, ele é por vezes representados por chifres em sua cabeça ,que simbolizam sua conexão com tais bestas. Em tempos mais antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada à Deusa. Os domínios do deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas.

As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a seu domínio. O ciclo anual do verdejar, amadurecer e da colheita vem há muito sendo associado ao Sol, daí os festivais Solares da Europa, os quais são ainda observados na Wicca.

O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maçãs vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono. Em conjunto com a Deusa, também ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas.

É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado. O Deus nos imbui vigorosamente no desejo que assegura o futuro biológico de nossa espécie.

Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão magico, o tridente, facas e outros.

Criaturas a ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muitos mais. Desde sempre, o Deus é o Pai do Céu, e a Deusa a Mãe da Terra.

O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.

A CHAMADA DO DEUS

Sou o radiante Rei dos Céus, inundando a Terra com calor encorajando a semente oculta da criação a germinar-se em manifestação.

Ergo minha brilhante lança para iluminar as vidas de todos os seres e diariamente despejar meu ouro sobre a Terra, expulsando as forças das trevas.

Sou o mestre dos animais selvagens e livres.

Corro junto ao ágil gamo e pairo como um falcão sagrado no céu cintilante.

Os antigos bosques e locais silvestres emanam meus poderes, e as aves voadores cantam minha santidade.

Sou ainda a última colheita, oferecendo grãos e frutos entre a foice do tempo, para que todos sejam alimentados, pois sem a plantação não pode haver colheita;

Sem inverno, não haverá primavera.

Cultue-me como o sol da criação de mil nomes, o espirito do gamo cornudo nos bosques, a infindável colheita.

Observe no ciclo anual dos festivais o meu nascimento, minha morte e meu renascimento – e saiba que este é o destino de toda a criação.

Sou a centelha de vida, o radiante sol, o que dá paz e descanso, e envio meus raios de bênçãos para aquecer os corações e fortalecer as mentes de todos.

Código de Honra da Bruxaria Wicca

Sabendo que a Arte dos Sábios é a crença mais honrada e antiga da história da humanidade, ela impõe que todas as Bruxas, no ato de respeitar os Antigos Deuses, os irmãos e irmãs da Arte, e eles mesmos devem saber que:

I – Cavalaria é um alto código de honra, da qual é maioria originada do paganismo antigo, e deve ser vivida por todos aqueles que seguem os caminhos antigos.

II – Todos devem saber que pensamentos e intenções colocadas nessa face da Terra, vão encerrar fortes nas profundezas de outros mundos, e retornará. Tudo o que você planta, você deve colher.

III – É apenas preparando nossas mentes para sermos Deuses, que conseguiremos alcançar a mente dos Deuses.

IV – Acima de tudo, ser sincero consigo mesmo.

V – A palavra de uma Bruxa deve ter a validade de algo assinado ou de uma testemunha de um juramento. Dê apenas a sua palavra escassamente, e apegue-se a ela como ferro.

VI – Evite falar de doença para os outros, já que nem todas as verdades devem ser ditas.

VII – Não fale sobre outras pessoas, coisas que você apenas ouviu falar, já que a maioria das coisas que falam, é tudo mentira.

VIII – Seja honesto com os outros, e deixe claro que você também espera encontrar honestidade nessas pessoas.

IX – A fúria do momento, joga loucura com a verdade; ter a confiança de alguém é uma virtude.

X – Pense sempre nas conseqüências de seus atos sobre os outros. Ataque sem fazer mal.

XI – Muitos covens devem ter várias visões de amor entre os membros e com os outros. Quando um coven, um clã ou um grupo é visitado ou juntado, cada membro deve manter silêncio sobre suas práticas e suportar a vontade de falar para os outros.

XII – Dignidade, delicadeza e bom-humor são coisas para ser admiradas.

XIII – Como uma bruxa, você tem poderes, e eles terminam fortes, à medida que sua sabedoria aumenta. Portanto, exercite como manejar sua força.

XIV – Coragem e honra prevalecem para sempre. Seus ecos permanecem quando a montanha se transforma em pó.

XV – Garanta amizade para todos que você acha que merecem. Dando força às outras pessoas, elas também darão força à você.

XVI – Você nunca, jamais deve revelar os segredos de outra Bruxa ou Coven. Algumas pessoas têm trabalhado duro durante muito tempo para conseguir certas coisas, e as tratam como grandes tesouros.

XVII – Como há diferenças entre os praticantes dos caminhos antigos, aqueles que estão nascendo não devem ouvir e nem ver nada.

XVIII – Aqueles que seguem o caminho dos Mistérios devem estar acima das reprovações dos olhos do mundo.

XIX – As leis da terra devem ser obedecidas toda vez que possível e dentro da razão.

XX – Tenha orgulho de você mesmo, e procure atingir a perfeição do corpo e da mente. Já dizia a Dama: “Como você pode se orgulhar de outra pessoa, se você não tem orgulho de si mesmo?”

XXI – Aqueles que procuram os Mistérios devem se considerar escolhidos dos Deuses, já que são eles que devem liderar a raça humana para os mais altos tronos e acima das estrelas.

Os textos desta página foram gentil e graciosamente fornecidos pela Bruxa Leonora

Fonte: http://wicca2000.sites.uol.com.br/page31.htm

Categorias:Artigos Tags:

Um pouco da história do pentagrama

outubro 3, 2008 9 comentários

PENTAGRAMA, O SÍMBOLO MÁGICO DAS ANTIGAS TRADIÇÕES ATÉ HOJE

“Texto de Deise G. Ruas”
http://universus.com.br/art14.htm

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.

Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino.

O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de “Laço Infinito”.

A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neo-pagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.

ORIGENS, RITOS E CRENÇAS
Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia “aos quatro cantos do mundo”. Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de “Selo de Salomão”, sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.

Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As. Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como ” A Proporção Dourada”, que ao longo da arte pós helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.

Para os agnósticos, era o pentagrama a “Estrela Ardente” e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à deusa Morrigan.

Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão . Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifania, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neo-pagão do pentagrama.

Em tempos medievais, o “Laço Infinito” era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.

Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da “Ordem dos Templários”, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área.

Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a “Proporção Dourada”, incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a “Ordem dos Templários” foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Se iniciaram os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos “interesses” da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar.

Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas. Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama – popular símbolo de segurança – pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado “Pé da Bruxa”. As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos.

DO RENASCIMENTO ATÉ HOJE
As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos. Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento.

Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal – dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, “o que está em cima é como o que está embaixo”, como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais.

O pentagrama pitagórico – que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico – já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc.

No calendário de Tycho Brahe “Naturale Magicum Perpetuum” (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.

Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e consequentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo – o espírito representado pela quinta essência ( a “Quinta Essência” dos alquimistas e agnósticos).

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do “Laço Infinito” foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso – o emblema maçônico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet ( figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem. Não é tanto uma religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos.

Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a “Ordem Temporale Orientalis” (OTO), a “Ordem Hermética do Amanhecer Dourado” (Golden Dawn), a “Sociedade Teosófica”, os “Rosacruzes”, e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria.

Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton – ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra” (“Dogma e Ritual da Alta Magia” de Eliphas Levi).

A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala.

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca. Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente.

Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico – “A Igreja de Satanás” – por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo.

A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neo-pagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca – que trazia como preceito básico: “Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste.”

Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns Wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais.

Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje

Lei Tríplice

É comum os wiccanoss dizerem frases, do tipo: “faça o que quiseres, se for para o bem” e outras frases, que ouvidas ou lidas por pessoas leigas em Wicca, podem ser mal interpretadas e podem levar estes leigos a pensar que nossa religião não tem qualquer tipo de controle, pois “Tudo é Permitido!”, o que sabemos que não é verdade!

A verdade é que temos a Lei Tríplice, a única Lei Wicca, que na verdade é a mais completa, das 200.000 que poderiam existir.

Esta Lei se baseia no princípio de que tudo que fizermos retornará para nós (aquele que pratica o ato) 3 vezes maior do que fizemos inicialmente.

Veja, se desejarmos, por exemplo, que uma determinada pessoa caia e quebre o nariz, pode ter certeza que mesmo demorando este desejo inicial retornará 3 vezes maior fazendo com que você (que desejou) caia, quebre o nariz, os braços e a cabeça!

É claro que isto é apenas um exemplo, mas acho que serve para você entender o significado da Lei Tríplice.

Devemos tomar muito cuidado com tudo o que fazemos na Wicca, pois o que pensamos estar certo pode voltar como uma bomba sobre nós.

Muitas vezes você pode interferir, sem saber, na vida de uma pessoa ou no curso natural das coisas ao seu redor. Esta interferência pode ser ruim para o caminhar natural das coisas ou pessoas.

Já parou para pensar que as pessoas têm seu livre arbítrio para fazer ou deixar de fazer o que bem entender?

Antes de ajudar uma pessoa que se encontra enferma numa maca de hospital, você precisa ter o consentimento dela, pois a SUA vontade de que ela melhore e saia do hospital pode ser contrária à da pessoa que quer mais é morrer, porque não vê mais sentido em nada!

O mesmo se aplica àquelas pessoas que por amor ou loucura, não sei, quer “amarrar”, ou seja, obrigar uma pessoa, que nem sabe que ela existe, ficar de “4”, perdidamente apaixonado e cego de amores…Acha isto certo? Acho que não, né? Pior ainda quando estas pessoas loucas de amor decidem fazer feitiços usando as energias e procedimentos mirabolantes para conseguir o que quer! E Conseguem!!!!!! Não é novidade nenhuma escutar casos de casamentos desfeitos e tragédias homéricas por causa destas ações. Com certeza, o troco chegará, cedo ou tarde, mas, chegará!

Para estas pessoas, um recadinho: CUIDADO!!!

Claudiney Pietro, em seu livro “Wicca – Ritos e Mistérios da bruxaria moderna”, diz o seguinte:

“Quando interferimos no livre arbítrio de uma pessoa estamos efetuando um ato negativo contra a pessoa e contra nós mesmos. Quando um Bruxo faz isso, está trabalhando com a Baixa Magia, e ele pagará caro, pois o Universo nos retribui tudo o que emitimos aos outros numa escala de 3.”

Ponha uma coisa em sua cabeça: NO UNIVERSO HÁ A FAMOSA LEI DO REFLEXO, OU SEJA, TUDO QUE VOCÊ FAZ, VOLTA PARA VOCÊ MESMO E MUITO MAIS FORTE! Ponto final e não discutamos mais sobre esta questão.

Claudiney, prossegue afirmando que os feitiços são parte integrante do núcleo operacional da Wicca. Este feitiço é colocado pelo autor como sendo “um conjunto de técnicas e conhecimentos específicos que quando colocados em prática, enviam uma projeção mental ao Universo”…”Um feitiço age DIRETAMENTE com a natureza”… “Tudo na natureza é vivo e possui energias específicas acumuladas”…”quando canalizadas corretamente, passam à agir em benefício daqueles que sabem utilizá-las”.

Você precisar ser consciencioso quando usar suas energias em seus ritos. Tenha em mente que apesar de muitas vezes esquecermos deste detalhe, NÃO SOMOS SENHORES DA MAGIA, DAS PESSOAS E DAS SITUAÇÕES!

Scott Cunningham em seu livro Guia Essencial da Bruxa Solitária dá algumas dicas de como você utilizar bem seu poder evitando assim, ser punido por seu mal uso. Vamos a elas:

1. O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. (Se surgir necessidade para tais atos, o Poder deverá ser usado APENAS para proteger sua vida ou de outros);

2. O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades;

3. O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém;

4. Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras religiões;

5. Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da magia;

6. Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve JAMAIS ser mal usado ou abusado;

Agora vai minha dica: antes de agir em favor ou contra algo ou alguém, pare, reflita em cada uma destas dicas de Scott Cunningham e veja se não fere nenhuma. Se estiver tudo certo, siga tranqüilo

Fonte Bibliográfica CUNNINGHAM, Scott: Guia Essencial da Bruxa Solitária, Editora Gaia; PIETRO, Claudiney: Wicca Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna, Editora Germinal

Categorias:Lei Tríplice Tags:

Tempo Mágico

Tempo Mágico

Do nascer ao pôr-do-sol, doze horas diurnas. Do por ao nascer do sol, doze horas noturnas.

Horas diurnas:
Laudes-
desde o nascer do sol até o meio-dia.
Vésperas- desde o meio-dia até o pôr-do-sol.

Horas noturnas:
Completas-
desde o pôr-do-sol até a meia-noite.
Matinas- desde a meia-noite até o nascer do sol

As horas de Saturno, Marte, Lua:
Para as invocações ordinárias, denominadas orações.

As horas de Sol, Vênus:
Para os pedidos de amizade ou de amor.

As horas de Saturno, Marte:
Para as insatisfações de ódio ou vingança.

As horas de Mercúrio:
Para estudos e também a fabricação de medalhas talismânicas, bem como a introdução de anéis simbólicos (não ritualísticos) em seu dedo.

As horas de Júpiter e Vênus:
Para a prática de cerimônias evocadoras das forças superiores. Para a prática das cerimônias simbólicas.

Influência dos dias da Semana

Domingo: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o exorcismo, a cura e a prosperidade.

Segunda: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a agricultura, os animais, a fertilidade feminina, as mensagens, as reconciliações, os roubos e as viagens.

Terça: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a coragem, a força física, a vingança, as honras militares, a cirurgia e a quebra de encantamentos negativos.

Quarta: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a comunicação, a divinação, a escrita, o conhecimento e as transações de negócios.

Quinta: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam sorte, felicidade, saúde, assuntos legais, fertilidade masculina, tesouros e riqueza.

Sexta: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam amor, romance, casamento, assuntos sexuais, beleza física, amizades e sociedades.

Sábado: é o dia apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o espírito de comunicação, meditação, ataque ou defesa psíquica e localização de coisas ou pessoas desaparecidas ou perdidas.


Influência Lunar
Lua Crescente: é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza.

Lua Cheia: aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento apropriado para realizar as invocações à Deusa Lunar, os ritos de fertilidade e encantamentos que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos.

Lua Minguante: é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldiçoes, para terminar maus relacionamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças.

Lua Nova: Durante a Lua Nova não deve ser feito nenhum tipo de ritual, exceto aqueles extremamente necessários.

HORA

DOMINGO

SEGUNDA

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

SÁBADO

06:00

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

07:00

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

08:00

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

09:00

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

10:00

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

11:00

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

12:00

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

13:00

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

14:00

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

15:00

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

16:00

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

17:00

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

18:00

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

19:00

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

20:00

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

21:00

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

22:00

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

23:00

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

00:00

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

01:00

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

02:00

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

03:00

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

04:00

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Mercúrio

Júpiter

05:00

Mercúrio

Júpiter

Vênus

Saturno

Sol

Lua

Marte

Categorias:Artigos Tags: