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Instrumentos

setembro 22, 2008 3 comentários

Espada

Espada A espada é um instrumento representante do Deus, assim como o athame. Seu poder é grande e ela pode ser perigosa, não sendo acoselhável para qualquer pessoa.

Espíritos guerreiros e competitivos se sentirão atraídos pela espada. Ela é utilizada como direcionadora de energia e possui função protetora. Quem está em evidência por algum motivo e é vítima constante de ataques psíquicos ou físicos pode utilizar os poderes da espada para proteção contínua. Pessoas invejadas ou que lidam muito com energias negativas também podem se beneficiadas por este instrumento.

A espada também serve para ataque, mas lembre-se que um instrumento como este atrai espíritos guerreiros e se você não está preparado para lidar com esse tipo de energia, melhor nem ter uma por enquanto.

Ela precisa ter bainha e só ser desembainhada quando for utilizá-la. Depois de consagrada, ela deve ser guardada em um pano amarelo ou dourado com algum perfume do Sol por sete dias. Depois, pode colocá-la em outro lugar.

O cabo da espada não deve ser de metal e sim de um material isolante, como madeira. É bom que faça uma cruz, mas não é fundamental. O comprimento ideal da espada é o que permite que você toque com sua lâmina no chão sem se curvar. Além de direcionadora, ela também é dispersora de energia, servido também para dissolver energias negativas acumuladas em determinado lugar.

Athame
O athame é uma faca de cabo preto tradicional das bruxas. Ele é utilizado para lançar o círculo mágico, para traçar emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.

A faca atualmente também é utilizada para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade. Algumas bruxas só usam as suas facas em rituais e feitiços, mas outras acreditam que, quanto mais for usada a faca (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ela se torna. A escolha é pessoal.

O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada. Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica. Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra. O mais curioso é como o uso do athame tem sido encontrado em mitos de lugares tão distantes.

As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de ‘A Chave de Salomão’ (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme (“letra de sangue”), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia.

Caso você não tenha um athame para traçar o círculo mágicko, improvise. É claro que ter o athame é algo importante, pois existe toda a simbologia do instrumento. Mas você pode usar uma faca (previamente limpa e purificada para uso mágico, apenas), seu bastão ou mesmo o seu dedo, oras. Não se limite apenas porque não tem os instrumentos, mas lembre-se de que isso é provisório, até você conseguir ter tudo.

Você pode comprar pela Internet ou em lojas esotéricas os instrumentos para o seu uso mágico e pessoal. E outra: use a sua criatividade. Há diversos lugares por aí que vendem esse tipo de coisa. Você costuma encontrar velas, incensos, cálices, castiçais e muitos outros utensílios em lojas populares e até supermercados. Corra atrás! Não se limite quanto a isso.

O athame geralmente tem cabo mais escuro, não necessariamente preto, e preferencialmente de madeira (por ser mais natural). A lâmina é dupla (dois cortes) e geralmente sem fio (principalmente na Wicca), pois ele serve para cortar energias. No entanto, o athame com corte deixa a simbologia ainda mais real (afinal, só algo que corte na realidade pode cortar no plano astral). Cabe a você decidir o que é mais correto em suas práticas pessoais, nesse sentido.

Historicamente, o athame tem o cabo preto para fins de segurar a energia, mas não há nenhuma regra para isso; o importante é voce se identificar com ele. É necessária a empatia com o utensílio.

Muitos bruxos afirmam que o athame é de uso exclusivo ritualístico e, para fins práticos (cortar ervas e demais materiais), devemos usar a bolline (faca de cabo branco). Outros autores ainda afirmam que o athame deve ser usado para ambos os fins. Mais uma vez, você escolhe, mas o tradicional é que ele seja usado apenas para fins ritualísticos.

Você deve escolher o que lhe for melhor. Se você seguir uma linha mais tradicional, faça o que for tradicional, para ter coerência. Depende das tradições, das vertentes, de você. Na Wicca Tradicional, especificamente, o athame tem o cabo preto, fio duplo e corte.

Meditação para conexão com o athame: Segure seu athame em sua mão projetiva (a mão que você usa para escrever e que é sua mão mais forte). Respire profundamente e sinta o poder do Ar entrando e saindo de seu corpo.

O athame está relacionado ao poder de traçar linhas, determinar limites, fazer escolhas e executá-las. Pense nas escolhas que fez até agora em sua vida e que você levou adiante, apesar das dificuldades. Sinta o poder que tem dentro de você, e sua responsabilidade para não fazer um mau uso dele. Você tem poder para agir de forma ética; fazer aquilo que considera ser correto e para o bem de todos.

Deixe todo o poder de sua consciência, inteligência, sabedoria e coragem moral fluírem para o athame. Você o está carregando com suas energias.

Bolline (athame de cabo branco)
Bolline é uma faca de cabo claro usada com fins práticos na Magia, como cortar ervas, cordas e outros materiais utilizados no círculo. É padrão ter o seu cabo branco para contrastar com o negro do athame mas, mais uma vez, é um padrão, não uma norma. Você pode até mesmo utilizar uma faca simples de cozinha, devidamente purificada e consagrada para este fim.

Existem alguns modelos de bolline na forma de uma foice, bastante tradicional em alguns covens, além de ser muito bonita.

Se você utiliza o seu athame apenas simbolicamente, para uso em ritual, e quiser ter uma faca para desempenhar funções mais práticas, é recomendável ter uma bolline.

Vara Mágicka e o Bastão de Poder

vara São instrumentos, que no astral funcionam como uma extensão de você. Permite viajar e atuar de forma certeira. A energia deve ser só sua e também utiliza-se o espírito da madeira com a qual foi confeccionada a varinha.
Para escolher a sua vara ou bastão, procure sintonizar com o espírito das árvores quando estiver no bosque, num local onde poderá ter chance de encontrar um pedaço de madeira. Não se deve arrancar ou usar uma serra para cortar um galho. Para se obter um bastão ou varinha de poder é preciso deixar que o espírito da árvore penetre em você e lhe guie até o galho que será o seu bastão de poder.

O espírito da árvore vive e conserva a sua essência no bastão ou vara mágica.

Despertá-lo e cativá-lo é o seu dever para poder usar a sua força e energia.

Tradicionalmente, tanto a vara como o bastão devem ser feitos de madeira e pela pessoa que os usará. Mas se por acaso os comprar, ou se os mandar fazer, impregne-os com suas próprias vibrações antes de os usar manejando-os com freqüência e enviando deliberadamente pensamentos para o objeto. A varinha e o bastão podem ser ramos de árvore naturalmente formados, ou feitos de paus ornamentados com cristais, contas, etc…

O comprimento da varinha, depende do que lhe for mais confortável, mas segundo alguns autores, não deve ultrapassar e comprimento do seu cotovelo, até o dedo indicador…O bastão deve ter, no mínimo a altura de seu ombro. Em geral, os homens acrescentam um pequeno cone na ponta de sua varinha e as mulheres podem colocar um crescente lunar na ponta. A varinha é um utensílio de encantamento; o bastão um símbolo tanto de conhecimento mágicko como para invocar as divindades ou poderes arquétipos. Ambos são do elemento Ar.

Para alguns autores porém, o bastão e a varinha mágica são assim representados:

Elemento : Fogo
Ponto Cardeal : Sul
Signos : Áries – Leão – Sagitário

A varinha mágicka tem o mesmo simbolismo do athame/punhal, embora segundo algumas Tradições esteja mais ligada ao elemento fogo. Tradicionalmente ela deve ser feita de uma árvore sagrada como a Aveleira, o Carvalho ou a Macieira, embora qualquer árvore sirva, desde que você tenha por ela alguma predileção ou ligação emocional.

Alguns autores afirmam que o galho da árvore deve ser cortado na Lua Crescente e antes sempre se deve pedir a autorização da árvore. Depois de cortado o galho, deve-se deixar alguma oferenda em agradecimento, mel e leite para as fadas e elementais e um pouco de comida para os pássaros. A varinha pode ser enfeitada com símbolos, fitas, cristais ou objetos pessoais.

Segue um ritual para encantamento da vara mágicka ou bastão de poder:

Depois da meia-noite da Lua Nova, vá até uma árvore que tenha escolhido previamente.

Faça uma oração sincera às divindades que tomam conta daquele lugar e daquela árvore, pedindo permissão para tirar dela sua vara mágicka. Recomenda-se levar alguma oferenda para o espírito da árvore, podendo ser mel, leite e bolo ou um incenso e alguns cristais. As oferendas devem ser deixadas ao pé da árvore.

Depois de pedir permissão, corte com o athame um galho de casca lisa. Pegue-o com a mão e volte-se para o Oriente. Jogue a vara para o alto e pegue-a sem a deixar cair no chão, dizendo as seguintes palavras:

“Ainda mesmo que eu caminhe pelos vales tenebrosos da morte, não recearei mal algum, porque Tu estás comigo; Tua Vara e Teu bastão me inundarão de consolação”.

Jogue a vara para cima e repita essas palavras por três vezes. Além de ser utilizada em qualquer operação mágicka, esta vara é um excelente talismã de proteção.

Caldeirão

Na cultura celta, o caldeirão simbolozava o útero, um local de criação e de fartura, um objeto da Deusa. O caldeirão para uso mágico deve ser de ferro e ter três pés de apoio. Nele, podem-se preparar poções e encantamentos mágicos e não é necessário que seja muito grande, podendo ser substituído pela cornucópia, ânfora ou cálice.Representa no altar o elemento éter aquele que une todos os outros. É comum guardar instrumentos menores no caldeirão para protegê-los ou escondê-los.

Assim como a vassoura e os gatos pretos, o caldeirão está intimamente relacionado às bruxas de uma forma geral.

No entanto, a ligação das bruxas com o caldeirão é muito mais do que ficção. Na verdade, essa ligação data dos dias antigos da Grécia, do mito de Medéia. Medéia era a bruxa de Colchis, com quem Jasão se casou no curso de sua busca do Pomo de Ouro. Medéia era uma sacerdotisa de Hécate e ela não somente tinha um caldeirão, mas também um coven. De acordo com Robert Graves em seu livro ‘Mitos Gregos’, Medéia era atendida por doze mulheres virgens que a ajudavam em sua terrível trama para matar o rei Pelias com o auxílio de seu caldeirão mágico.

Também na antiga Grã-Bretanha e Irlanda, heróis iam para reinos encantados estranhos do outro mundo para ganharem um caldeirão como prêmio por suas aventuras. Podemos ver que esse costume perdura até hoje no uso de troféus para premiações das mais variadas espécies. A festa que todos os esportistas fazem ao elevar a taça enorme e brilhante no final de um campeonato de futebol nada mais é do que o antigo mito celta do caldeirão vivo nos dias de hoje. E passa tão despercebido pela maioria das pessoas, como muitas outras coisas relacionadas ao Paganismo.

Outra relação do caldeirão com um troféu são as lendas do Santo Graal, que também tem suas origens enraizadas em mitos celtas pré-cristãos. Com a chegada do cristianismo, o caldeirão da inspiração e do renascimento transformou-se no misterioso Santo Graal, que os cavaleiros da Távola Redonda buscavam encontrar e conquistar. No entanto, as bruxas mantiveram a antiga versão pagã do caldeirão, associado à deusa celta Cerridwen.

Os quatro elementos estão intimamente relacionados ao caldeirão também, afinal precisamos do fogo para aquecer, da água para esfriar, das ervas da terra para cozinhar e de seu vapor perfumado que fica no ar.

O caldeirão, em seu uso prático, foi uma grande evolução para a humanidade. O caldeirão de metal tornou-se bem mais eficiente que a panela de barro para esquentar e conservar o calor dos alimentos, além de preparar água quente para os banhos, preparar melhor os alimentos e fazer remédios com ervas. Dessa forma, o caldeirão se tornou um instrumento de Magia intimamente relacionado às mulheres.

O caldeirão é visto como um recipiente de transformações porque pega coisas brutas e as transforma; transforma raízes e plantas em remédios poderosos; transforma alimentos orgânicos em deliciosos cozidos. Da mesma maneira, a mulher transforma uma semente (espermatozóide) em uma criança, e esta é a grande associação do caldeirão com o ventre da Deusa.

O caldeirão pode ser usado para cozinhar, fazer poções, conter bebibas. Também pode ser enchido com água, fogo, flores ou outros itens em épocas específicas do ano ou em determinados rituais. Também pode ser usado como instrumento de divinação.

Vassoura

Na bruxaria em geral, e especificamente na Wicca, a vassoura é um instrumento muito utilizado nos diversos rituais religiosos. A vassoura simboliza o masculino (através do cabo) e o feminino (através da piaçava). Hoje a vassoura é incluída na lista de ferramentas ritualísticas em muitos guias pagãos.

As vassouras há muito tempo têm sido relacionadas à bruxaria, quase universalmente retratadas em seu estilo medieval arredondado e associado às bruxas. Esse mito é explicado pelo fato de as bruxas utilizarem vassouras em seus ritos de celebração da natureza, pulando sobre as vassouras em meio a colheita, como a intenção de fazer a plantação crescer maior e mais rapidamente. Essa antiga prática, levou à crença moderna de que bruxas podem voar em vassouras.

Elas são usadas para limpar a energia negativa em círculos ritualísticos. Antes e/ou depois de fazer algum tipo de ritual. Nos rituais matrimoniais da Wicca existe uma tradição onde os recém-casados saltam (de mãos dadas) uma vassoura deitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.

Fonte: sabedoriawicca.blogspot.com