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Yule – Solstício de Inverno

Festival comemorado no dia 21 de junho, a época das noites frias, a noite mais longa do ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da yule1Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. O mês de junho em gaélico chama-se Meitheamh. Em galês este festival é conhecido como Alban Arthan, a Luz de Arthur ou a Luz do Inverno, uma versão poética, que relaciona o Solstício de Inverno às lendas do rei Arthur, como Arcturus, o guardião do urso, à estrela mais brilhante do Hemisfério Norte, que celebra este festival no dia 21 de dezembro.

É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra.Este é um período de fortalecimento interior e de total movimento descendente. No Solstício de Inverno os poderes da noite e da terra atingem o seu ápice.
O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão.

yuleNesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.
O Solstício de Inverno é tempo de regeneração e de mudanças, o recolhimento na total escuridão da alma, ou seja, o hibernar para renovar-se. Ideal, para despertarmos nossa criança interior, renovando as esperanças e as energias.
As noites se tornam mais longas que o dia e o inverno, por fim, se estabelece. A partir desta data, a luz solar começa aumentar gradativamente, apesar do tempo frio.
O festival do Solstício de Inverno representa, basicamente, o ciclo de morte e renascimento. Momento propício à meditação, a introspecção, ao desapego e à realização de amuletos voltados para a proteção. Aproveite, também, para queimar nas chamas do fogo, em seu caldeirão, tudo aquilo que não quer mais em sua vida.

Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição “pagã”, onde aaltaryule1 árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.
Ornamente seu altar com folhas de figueira, azevinho ou cipreste, assim como o pinheiro que simboliza a renovação e o crescimento, além de elementos que lembrem o inverno. Acenda algumas velas, para simbolizar o Sol e elevar os ânimos. Honre a Grande Mãe e o renascimento do poder solar, como a esperança do retorno da luz.
Que assim seja!

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar o Solstício de Inverno

Correspondências:

– Correlação: natal cristão, renascimento do sol e a dança espiral da renovação.
– Símbolos: cor verde, vermelho e amarelo, pinhas, galhos e folhas verdes.
– Incensos: louro, carvalho ou alecrim.
– Alimentos: sidra, vinho quente ou chá, sopa, pães e bolos.

Ervas típicas:
Louro, CAMOMILA , ALECRIM , Sálvia, Zimbo, Cedro e outras.
Comidas típicas:
Carne de porco, castanhas, frutas como a maçã e pêras, bolos de castanhas embebidos de cidra, chás de GENGIBRE ou hibisco.

 

Mistérios da Noite
Noite escura adentra os mistérios da tua alma,
Expurga as sombras dentro deste absoluto infinito
No sentido contrário do habitual, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito.
A Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, o foice e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar.
Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre,
Transforme a prata e o visco nesta bela infusão
Abençoando-nos em teu ventre sagrado.

Comemorando o Yule

altaryuleO altar é decorado com plantas como pinho, ALECRIM , LOURO , zimbo e cedro, os quais podem ser utilizados para marcar o Círculo. Folhas secas também podem ser colocadas no altar. Encha o caldeirão – no altar e sobre uma superfície à prova de FOGO – com algum líquido inflamável (álcool), ou então coloque uma VELA vermelha dentro do caldeirão.

Em RITUAIS externos, prepare uma fogueira sob o caldeirão, a ser acesa durante o RITUAL , Prepare o Altar, acenda as VELAS e o INCENSO , crie o círculo, invoque a Deusa e o Deus. de pé diante do caldeirão, contemple seu interior. Diga estas palavras ou outras semelhantes.

“Não me aflijo, embora o mundo esteja envolto em sono.
Não me aflijo, embora os ventos gélidos soprem.
Não me aflijo, embora a neve caia dura e profunda.
Não me aflijo, logo isto também será passado.”

Acenda o caldeirão(ou a vela), usando fósforos longos ou uma vela, Enquanto as chamas crepitam, diga:

“Acendo este FOGO em sua honra, Deusa Mãe.
Você criou vida a partir da morte; o calor do frio;
O sol vive novamente; o tempo de luz está crescendo.
Bem – vindo, Deus Solar que sempre retorna!
Salve, mãe de Tudo!”

Circule o altar e o caldeirão lentamente, no sentido horário, observando as chamas. Repita o seguinte por algum tempo:

“A roda gira, o poder queima!”

Medite sobre o Sol, sobre as energias ocultas que adormecem durante o inverno, não apenas na TERRA mas em nós mesmos. Pense no nascimento não como o início da vida, mas sim sua continuação. Dê boas vindas ao Deus.

Após algum tempo, pare e novamente de pé diante do altar e do caldeirão no fogo, diga:

“Grande Deus do Sol, Saúdo o Teu retorno.
Que brilhes sobre a Deusa;
Que brilhes sobre a Terra,
Espalhando as semente e fertilizando o solo.
A Ti todas as bênçãos, Ó renascido do Sol!”

Trabalhos de magia, se necessários, podem-se seguir! Celebre o banquete simples. O circulo está desfeito.

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Mantras: do som do universo ao auto conhecimento

Os mantras são como orações,mas,ao invés de serem conversas ou pedidos a Deus,são ferramentas no plano psicológico,daí o seu nome,do sânscrito (língua clássica hindu) alavanca mental.
Podem ser usados por qualquer pessoa,desde que com fé,para relaxamento,cura,acumulo de energia,concentração,criação de equilíbrio espiritual,auto-conhecimento,etc…
O mantra mais conhecido é o mantra de OM(AUM),que é tido como o som do universo,é usado em meditações voltadas ao auto conhecimento e ao relaxamento.
Os mantras geralmente são compostos por palavras simples e terminam em sons anazalados.Eles,tradicionalmente,são repetidos 108 vezes para atingir seu objetivo e devem ser ditos ininterruptamente.Para facilitar na conta,existem os japa-mala,que podem ser como colares,usados atravessados e que possuem 108 contas,ou de-mão,que possuem 18 contas,no qual se deve dar 6 voltas.
Os mantras são um meio simples de auto-conhecimento e de alivio de um dia agitado.

 

Referência: http://thevirtualbookofshadows.blogspot.com.br/2009/02/mantrasdo-som-do-universso-ao-auto.html

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Esbath – Lua de Sangue

Conhecido mais popularmente como Lua de sangue (a última antes do Samhain) e em certos covens como lua de cura, esse é o Esbath de abril. Esta lunação marcava o inicio do tempo de caça e estoque de comida para o inverno. É um momento para celebrar os ancestrais e meditar sobre o tema morte e renascimento, antecipando a mudança que ocorrerá em Samhain. É o Esbath propicio para se livrar de hábitos e coisas ruins em nossas vidas, logo todo feitiço ou ritual de banimento se beneficiará das energias dessa lua.
Essa lua é associada a cor vermelha (sangue), exatamente por ser a lua da caça, da fecundidade, da menstruação e da maternidade, rituais com esses significados também são bem vindos.
Ritual do Esbath: Todos os aspectos pré-rituais vocês já sabem, procurem nesse Esbath usar incenso de cipreste ou qualquer outro que esteja aliado a feminilidade e a fertilidade. Antes de iniciarem o ritual façam um exercício de controle de respiração, tentem relaxar, meditem um pouco sobre o ciclo de suas vidas. Feito isso abram o circulo como de costume, antes de iniciar qualquer ritual façam uma homenagem aos deuses, dancem, cantem em volta do caldeirão cheio de água e flores silvestres, sintam a liberdade e a deusa dançando junto a vocês. Vocês podem realizar hoje um ritual de cura, ou em busca de harmonia ou até mesmo um ritual de banimento de energias negativas. Terminado o ritual que vcs escolheram coloquem o dedo indicador da sua mão de poder dentro do caldeirão e em seguida desenhem o símbolo da lua cheia em suas testas, ergam um cálice contendo vinho ou qualquer bebida de tom avermelhado e sintam a energia dos raios lunares chegando até vc e até o cálice, o poder da deusa tocará em você suave como seda, peça que ela abençoe seus projetos e os conceda fertilidade, que ela extermine as coisas ruins da sua vida e que você esteja renovado para o começo do novo ciclo em Samhain. Beba e agradeça a deusa pelas bênçãos concedidas. Agora você pode encerrar a celebração como de costume e água do caldeirão pode ser utilizada para energizar suas pedras ou amuletos.
Sugestão de ritual de cura: você vai precisar fazer dentro do seu circulo mágico um pequeno circulo de sal, dentro dele você deve colocar: uma vela branca e um athame, no centro. Em frente à vela, coloque a foto da pessoa que necessita de cura. Descreva círculos maiores sobre o circulo de sal utilizando sua varinha mágica ou equivalente e diga algo mais ou menos assim: “Deusa da vida, do amor e da bondade, nessa noite de grande força invoco teus poderes para o bem de … e que ele possa ser curado de qualquer enfermidade física e/ou espiritual.” Feche os olhos e visualize um raio de luz verde descendo do céu para a ponta do athame e então para seus braços e corpo, preenchendo-a com uma sensação confortável, intensa, fulgurante. Continue a visualização e, quando começar a sentir o divino poder curativo da Deusa acumulando dentro de si, comece a visualizar a pessoa que precisa ser curada. Concentre-se bastante e veja a pessoa em seu olho mental completamente curada, em perfeita saúde. Pegue o athame e o aponte para a fotografia (ou para a pessoa, caso ela esteja presente no ritual). Dirija e então libere a energia curativa acumulada para a pessoa enferma. Continue até que toda energia tenha sido usada. Relaxe por alguns minutos (esse ritual pode ser fisicamente exaustivo) e depois agradeça à Deusa por sua presença e ajuda. Deixe que a vela queime até o fim.

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Magia de Nós

A magia de nós tem suas origens há pelo menos 4.000 anos, quando as tabuletas cuneiformes foram confeccionadas no Oriente Próximo, descrevendo vários tipos de magia que envolvem o uso de nós.

Apesar de ser conhecida em todas as culturas e provavelmente por todas as eras, a magia de nós está caindo em desuso atualmente e corre o risco de ser completamente esquecida.

Por que deveria uma forma de magia global, simples, prática e eficaz ser esquecida? Provavelmente pelo simples fato de ser simples e prática. Na maioria das vezes a magia tem sido adornada em rituais que beiram o absurdo: algo muito simples era desdenhado por aqueles que aprenderam rituais pomposos e estilizados.

A magia de nós ainda é tão poderosa quanto em 2000 a. C. e ainda pode ser utilizada hoje em dia com bons resultados.

Há muitos “remanescentes” da magia de nós na cultura contemporânea. Um dos focos de “remanescência” é o folclore, num costume ou superstição praticado ou lembrado por pessoas que esqueceram suas origens.

Por que amarramos um barbante ao redor de um dedo para nos lembrarmos de algo importante, por exemplo? O que exatamente significa a expressão em inglês “he’s bound to do it”? (“Ele está destinado a isso”, ou, literalmente, ele está ‘amarrado’ a isso”.)

Atar um nó de forma concreta, física, a uma idéia, concepção ou pensamento abstrato. Portanto, quando ata um nó ao redor de seu dedo, pensando na coisa que deseja lembrar posteriormente, você está estabelecendo uma conexão em sua mente entre nó (o físico) e o pensamento de que precisa se lembrar (o mental). Num plano mais mágico, você ata o nó não para se lembrar do assunto, mas para ter certeza de que você irá se lembrar dele.

Uma das técnicas da magia de nós é atá-lo, especialmente ao redor da imagem de uma pessoa, literalmente “amarrando” a imagem com um barbante, ou a imagem a um objeto, com a intenção de inibir as ações, os pensamentos da pessoa. “He’s bound to do it”, ele está amarrado a esse destino, remete-nos a um tempo no qual acreditava-se literalmente nessa expressão – alguém teria que fazer algo porque sua imagem estava amarrada.

Difícil de acreditar? Séculos atrás havia muitas leis e estatutos proibindo que imagens fossem amarradas, assim como o uso de nós em magia.

De fato, a certa altura qualquer ornamento torcido ou com nós era considerado pagão e idólatra na Alemanha, enquanto, por outro lado, entalhava-se freqüentemente nós mágicos em igrejas para proteger contra a entrada de magia ou “espíritos” pagãos.

A história da magia de nós é sem dúvida longa e fascinante, mas as técnicas básicas são ainda mais interessantes. São aqui apresentadas, mas é necessário um lembrete.

As ações que você executar durante um encantamento ou trabalho de magia não são tão importantes quanto a necessidade por trás deles. Você deve enviar sua própria energia (por meio da sua emoção) em direção à sua necessidade, ou a magia não surtirá nenhum efeito.

A magia não é a repetição vazia de palavras e gestos; é uma experiência envolvente, com alta carga emocional, na qual as palavras e gestos são utilizados como pontos focais ou chaves para liberar o poder que todos nós possuímos.

Os Barbantes

Magia de nós é geralmente praticada com barbantes. Podem ser de qualquer cor, mas há associações específicas com cores.

Os barbantes (ou linhas) devem ser de material natural, como lã, a melhor, ou algodão. Evite utilizar barbante rígidos, ásperos ou sintéticos, como náilon, raiom ou poliéster.

Na maioria dos encantamentos, não serão necessários mais que 40 a 60 cm de barbante. Entretanto, se forem necessários muitos nós, use bastante barbante, pois os nós “consomem” muito material.

Mantenha seus barbantes mágicos em lugares seguros, para que não sejam utilizados com outras finalidades, o que faria com que recebessem outras vibrações.

Se desejar tecer, fiar ou trançar seus próprios barbantes, eles serão bem mais poderosos, pois terão sido feitos com suas próprias mãos, e você pode concentrar se em sua necessidade enquanto o tece. Tecer é por si só uma arte mágica.

Um Encantamento de Nós Simples

Escolha um barbante de qualquer cor, desde que lhe agrade e, de preferência, de fibra natural; visualize firmemente sua necessidade, e sentindo o máximo de emoção que puder, dê um forte nó nele.

Puxe as extremidades do barbante até que esteja tenso; isso libera o poder para que saia e realize seu pedido.

O poder não está dentro de nó; ele é liberado para fazer com que sua necessidade se manifeste. O barbante com nó é uma representação física de sua necessidade, assim como uma imagem. Até que aconteça, mantenha o barbante com você ou em algum lugar seguro de sua casa.

Assegure-se de que o nó não seja desamarrado. Se isto acontecer, comece outro encantamento com nós.

Quando sua necessidade se manifestar no plano físico (sempre, claro, de modo natural – um colar de diamantes ou passagens para uma viagem ao redor do mundo não cairão em seu colo cinco segundos após lançar um encantamento pedindo riqueza ou viagens), você pode fazer algo semelhante com o barbante, pode queimá-lo, para assegurar que ele jamais será desatado; ou enterrá-lo, onde se desintegrará; ou deixá-lo em segurança numa caixa onde não venha a ser tocado.

Este encantamento pode ser utilizado para qualquer necessidade. Se desejar desfazer ou reverter o encantamento, desamarre o nó. No entanto, é bom acautelar-se, pois nem sempre isso funciona.

Se queimou ou enterrou o barbante, você não será capaz de reverter o encantamento. Mas isto não importa, pois se sua necessidade for real, o tempo não o alterará, e provavelmente daqui a dez anos você não desejará reverter o encantamento!

A informação acima foi incluída exclusivamente por ser tradicional.

Um Encantamento de Nó Destrutivo

Se houver uma situação, problema ou possível ameaça que esteja encarando, há um encantamento com nó para isso.

Apanhe o barbante e visualize firmemente o problema em todos os seus mínimos detalhes. Emocione-se com ele, queime de raiva, desmanche-se em lágrimas, qualquer coisa serve.

Em seguida, amarre com força o nó.

Afaste-se dele, para fora da sala, se possível. Tome um banho, coma, faça o que lhe aprouver para tirar o encantamento de sua mente para que possa relaxar.

Quando suas emoções se estabilizarem, volte ao nó. Com calma e paz, desate-o. Veja o problema desaparecendo, transformando-se em um pó, que é varrido pelo purificante e refrescante vento Norte.

Está feito.

Atando Objetos

Atar é um exemplo prático de como esta forma normalmente nociva de magia pode ser usada num procedimento de magia efetivo e perfeitamente seguro.

Se um amigo deseja algo seu emprestado e você está hesitante se deve emprestar, apanhe o objeto (se for algo pequeno o bastante para mover e manusear) e um barbante.

Amarre o objeto a seu corpo – literalmente, amarre fisicamente o objeto a você. Permaneça quieto por alguns minutos, visualizando se recebendo de volta o objeto da pessoa a quem o emprestará.

Após isso, corte o barbante (não o desamarre!) e empreste o objeto, seguro de que ele voltará a seu poder.

Se o objeto for muito grande, como um carro, apanhe um pedaço de barbante, amarre sua mão ou braço a uma parte dele (como o volante, a antena etc.) e proceda da forma descrita.

Deixe o barbante em um lugar seguro até que o objeto seja devolvido.

Um Encantamento de Amor

Apanhe três barbantes ou linhas de diversas e agradáveis cores pastel – talvez rosa, vermelho e verde – e faça uma trança firme com eles. Dê um nó forte próximo de uma extremidade da trança, pensando em seu desejo por amor.

A seguir, dê outro nó, e outro mais, até que tenha dado sete nós. Use ou carregue o barbante consigo até que tenha encontrado seu amor.

Após isso, mantenha o barbante num local seguro, ou o dê a um dos elementos – queime e espalhe as cinzas no oceano ou num rio.

Uma Amarração de Amor

Este encantamento é um tanto mesquinho, mas deve ser usado somente quando um relacionamento já esteja estabelecido. É para dar um pouco mais de impulso ao amor de ambos os envolvidos.

Apanhe uma peça de roupa pequena e flexível de seu amor, uma de que ele ou ela não vá sentir falta. Apanhe uma peça sua e amarre-as firmemente. Esconda-as onde não possam ser encontradas.

Isto ajuda a manter a felicidade.

Uma Cura

Amarre nove nós num pedaço de barbante vermelho e use ao redor do pescoço para auxiliar na cura de males e doenças. Especialmente eficaz com dores de cabeça.

Outra Cura

Faça a pessoa doente (ou você) com barbante vermelho. Desamarre então o nó e atire o barbante ao fogo, dizendo:

EU LANÇO ESTE MAL AO FOGO; QUE ELE SEJA
CONSUMIDO ASSIM COMO O BARBANTE É
CONSUMIDO; QUE DESAPAREÇA COMO A FUMAÇA!

Enquanto o barbante queima, visualize a doença queimando.

Uma Amarração Protetora

Apanhe um barbante e dê nele nove nós, visualizando um escudo, uma espada flamejante, um cadeado, uma arma de fogo, o que quer que seja que associe a proteção contra hostilidade, forças externas, violência física. Pendure o barbante em sua casa ou carregue-o consigo para sua proteção pessoal.

Um Amuleto Egípcio com Nós

Num longo barbante, dê sete nós e a seguir um nó para unir as extremidades. Carregue consigo para proteção.

Para Auxiliar na Cura de Qualquer Coisa

Ate firmemente um barbante com nove nós ao redor da parte do corpo afetada. Desamarre o barbante, em seguida os nove nós e atire à água corrente.

Uma Escada dos Desejos

Consiga um longo pedaço de barbante da cor correspondente à sua necessidade. Consiga também nove sementes, castanhas, pedaços de madeira, flores secas ou ramos de ervas magicamente associados à sua necessidade.

Apanhe um pouco de erva e dê um nó ao seu redor com o barbante, tensionando-o e visualizando firmemente sua necessidade.

Repita o processo mais oito vezes até que o barbante tenha nove nós, cada qual contendo um pedaço de madeira ou uma flor.

A seguir, leve o barbante ao ar livre, erga-se aos céus e diga:

ESCADA DE NÓS DE NÚMERO NOVEMBRO
EU A CONFECCIONEI PARA ATRAIR A MIM
A NECESSIDADE QUE DESEJO PARA MIM.
ESTE É MEU DESEJO, ASSIM SEJA!

Pendure a escada dos desejos num local importante da casa, ou enrole-a ao redor de um castiçal com uma vela de cor apropriada.

As escadas dos desejos não só são eficazes, como também altamente decorativas.

Algumas Notas Sobre Magia de Nós

Infelizmente, a grande maioria dos encantamentos com nós que sobreviveu até hoje é de natureza negativa. Apesar de seu interesse histórico, tais encantamentos com nós não cabem numa discussão desta natureza, pois tal magia não é divina e certamente conduzirá seu praticante à destruição.

No entanto, há outros métodos e novidades acerca do folclore de nós muito apropriados.

É aconselhável, ao praticar magia de qualquer espécie, deixar os cabelos soltos e desembaraçados, se forem longos. O símbolo é óbvio: os nós e tranças podem inibir o poder.

Entretanto, ao lançar um encantamento de proteção, cabelos trançados, assim como roupas de tricô ou crochê (suéteres são indicados durante o inverno) são valiosos aliados.

Uma rede, pelo mesmo motivo, é altamente protetora. Muitas bruxas e magos do mar possuem uma rede em suas casas. Essas redes não só são adequadas à atmosfera do litoral, como também são muito poderosas.

Também, pelo mesmo motivo, são poderosos os enfeites em macramé.

Se ao acordar seu cabelo está embaraçado, costuma-se dizer que os elfos e fadas estiveram brincando com seu cabelo enquanto dormia. Esta associação de elfos e fadas a nós é muito antiga, e remete a uma era quando a magia era uma ciência.

Se por acaso precisar lançar um encantamento de nós, mas não possuir nenhum barbante disponível, ou não puder utilizar os que possui, imite o movimento de apanhar um barbante e dar nele um nó, visualizando com firmeza sua necessidade, do mesmo modo que num encantamento normal.

Será um encantamento tão forte quanto se tivesse um barbante real em suas mãos.

E se desejar lembrar-se de algo importante, amarre uma linha ao redor de seu dedo!

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Corda da Bruxa

A Corda da Bruxa é um feitiço muito antigo que é tradicional da noite de Samhain.

No hemisfério norte : 31/10 e no hemisfério sul : 30 /04

tumblr_malfn2yu2A1rw64hoo1_400Constitui em trançar uma corda feita de barbantes ou fitas (de preferência de fibra natural) com a intenção de se realizar um pedido.

Existem muitas formas de se confeccionar a corda, e todas são válidas.

Durante as celebrações de Samhain, o mais comum é confeccionar uma corda com pedidos para o ano novo, aquilo que você deseja levar para a nova roda que se inicia. Porém, as cordas podem também ser confeccionadas fora da época de Samhain, com a intenção de cura, amarração ou apenas a realização de um desejo.

Mesmo havendo várias formas de se trançar a corda, existem algumas “regras” que devem ser observadas em todas as confecções.

Estas “regras”, na verdade, são uma simbologia padrão usada pelas bruxas para que a energia desejada seja colocada no feitiço, pois a simbologia correta nos coloca no estado de consciência certo para aquilo que queremos alcançar.

A primeira simbologia que se observa é que usam-se apenas 3 partes para trançar a corda.

As bruxas procuram sempre trabalhar com números ímpares, e a simbologia do 3 é muito forte, pois se relaciona diretamente à Deusa, à Lua, que para nós representa a fonte de nosso poder.

Através do número 3, nós colocamos o feitiço no útero da Deusa (também representado pelo caldeirão, que tem sempre 3 pés) para que ele seja consagrado e possa “nascer”, realizando-se. Essas três partes podem ser constituídas de apenas três barbantes/fitas ou formadas por vários barbantes/fitas de uma mesma cor. Isso realmente depende de você.

A segunda simbologia são as cores. Se você quiser trançar uma corda para somente um fim, trance-a com as três partes de uma mesma cor.

Mas, se preferir, pode misturar até 3 cores relacionadas com o que você gostaria de obter.

A simbologia das cores também é muito forte na bruxaria, e devemos nos atentar para o que cada uma significa.

Segue uma pequena lista das cores e suas relações:

Amarelo: Intelecto, criatividade, unidade, poder de concentração e imaginação; confidências, atração, charme, persuasão, aprendizagem, quebrar bloqueios mentais.

Em geral para estimular os estudos. Simboliza também a energia solar, ação, inspiração e mudanças súbitas.

Dourado ou Amarelo Claro: Ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; para atrair sorte ou dinheiro rapidamente. a energia solar.

Poderes divinos masculinos; neutralizar a negatividade, encorajar, estabilidade e atrair as influências da Deusa.

Azul: Harmonia, luz, paz, sonhos, saúde, honra, bondade, tranqüilidade, verdade, conhecimento, proteção durante o sono, estabilidade no emprego, sabedoria, poder oculto, proteção, compreensão, fidelidade, harmonia doméstica.

Azul-Marinho: Cor da inércia, para parar pessoas ou situações; neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maldições e afasta mentira ou competição indesejada.

Azul Royal: Alegria e jovialidade; potencializa energias.

Azul Claro: Cor espiritual;
ajuda nas meditações de devoção e inspiração; traz paz e tranqüilidade para casa para casa. Erradia a energia do signo de aquário, sintetiza as situações.

Branco: Alinhamento espiritual, meditação, divinação, exorcismo, cura, paz, pureza, alto astral, consagração, clarividência, verdade, força espiritual, energia lunar, limpeza, saúde, poder, totalidade. Em geral, serve para todos os pedidos e quando você não souber a cor correspondente para o seu pedido.

Laranja: Estimular energia, alcançar metas profissionais, justiça, sucesso. Em geral para a criatividade.

Marrom: Para localizar coisas perdidas, para melhorar os poderes de concentração e telepatia, proteção de familiares e animais domésticos. Equilíbrio, força material, elimina a indecisão, estudo e sucesso financeiro.

Preto: Para afastar mau olhado, limpar a negatividade; simboliza a reversão, desdobramento, discórdia, proteção, libertação, repelindo a magia negra e as formas mentais de energia negativa. Representa o todo.

Púrpura ou roxa: Manifestações psíquicas, cura, poder, idealismo, progresso, quebra de má sorte, proteção, honra, afastar o mal, adivinhação, renascimento e renovação, contato com entidades astrais. É a cor da espiritualidade na Wicca.

Verde: Fertilidade, sucesso, sorte, rejuvenescimento, dinheiro, ambição, saúde, finanças, cura, crescimento, abundância, generosidade, casamento, equilíbrio e harmonia. Em geral para os desejos de cura e sorte.

Verde Esmeralda: Atrai amor, fertilidade e relação social.

Verde Escuro: É uma cor complicada, pois representa ambição, ciúme, cobiça, inveja.

Vermelho: Saúde, energia, potência sexual, paixão, amor carnal, fertilidade, força, coragem, vontade de poder, aumento do magnetismo.

Rosa: Amor romântico e romantismo em geral, para atrair amor e para manter o amor na vida, feminilidade, delicadeza.

Prateada ou Cinza Clara: Remove a negatividade e encoraja a estabilidade, ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas.

Atrai a energia da Grande Mãe.

Vitória, meditação, poderes divinos femininos.

Quando você tiver decidido as cores que vai usar, separe as três partes da trança que constituirão sua corda.

Elas devem ser de um tamanho bom para que você possa trançá-la, observe inclusive a grossura das partes para que não fique muito difícil.

Caso queira, as três partes podem ter a sua altura, representando você, já que as cores representarão aquilo que você quer trazer para a sua vida.

Ela pode ser feita ritualisticamente , em um ritual dentro do círculo, e consagrada no próprio ritual; pode também ser feita anteriormente e só depois consagrada em um ritual preparado por você só para a ocasião.

563292_377098145689275_1435092753_nSe for feito na noite de Samhain, consagra-se a corda no próprio ritual de celebração.
Para fazê-la, trance as três partes da corda normalmente, enquanto pensa nos intentos que está colocando nela, pedindo que a Deusa e o Deus lhe auxiliem a alcançar esses intentos e abençoem a corda que você está trançando.

Tente não se distrair, para não acabar colocando energias indesejadas nela.

Depois de trançar, pode-se também dar nós na corda, tradicionalmente 9, enquanto diz o seguinte encantamento (Em inglês faz mais sentido porque rima):

No 1° nó Meu feitiço aqui começa; (By knot of one, the spell’s begun.)

No 2° nó Nada mais vai impedir; (By knot of two, the magic comes true.)

No 3° nó Tudo vai se realizar; (By knot of three, so it shall be.)

No 4° nó Toda a força e fé terá; (By knot of four, this power is stored.)

No 5° nó Acontece pelas minhas mãos; (By knot of five, my will shall drive.)

No 6° nó A natureza presencia meu ritual; (By knot of six, the spell I fix.)

No 7° nó Será protegido pelo céu; (By knot of seven, the future I leaven.)

No 8° nó Será aprovado pelo vento; (By knot of eight, my will be fate.)

No 9° nó E meu será; (By knot of nine, what is done is mine.)

Quando você tiver terminado, pode colar ou costurar símbolos que se relacionem àquilo que você pediu, deixando a sua corda mais bonita.

Isso pode ser feito, inclusive, após a consagração.

Após consagrá-la, pendure sua corda em um lugar visível, pois o feitiço começará a funcionar depois que ela estiver consagrada.

Ela será um lembrete daquilo que você pediu, e lhe ajudará a alcançar isso.

Por isso, quanto mais bonita ela estiver, melhor !

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Ivana Kupala

IVANA KUPALA
(Andreiv Choma)

Trata-se da Celebração eslava do solstício de verão, que na Ucrânia ocorre em junho (ou no início deivana-kupala julho de acordo com o calendário antigo). É nesse dia que ocorre o maior afastamento entre o Plano da órbita terrestre e o plano do equador. A partir desse momento, os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas, é o início do verão no hemisfério norte. Como a Ucrânia segue o calendário Juliano (com treze dias de atraso com relação ao nosso), a festa é celebrada na noite do dia 06 para o dia 07 de julho.
A palavra Kupalo vem do verbo kupati, traduzido como lavar alguma coisa ou tomar banho. Neste dia, o deus do sol supostamente tomava banho, imergindo nas águas ao horizonte. Isto saturava toda a água com o seu poder e então, todos os que tomassem banho neste dia absorveriam alguma força especial.
O fogo era sagrado aos eslavos antigos. Nos santuários, o fogo era aceso, mantido e abençoado pelos padres e na casa, pela matriarca. Na véspera de Kupalo, porém, todos os fogos eram apagados e reacendidos com nova chama. Em algumas regiões era costume preparar um banquete compartilhado por toda a aldeia como uma refeição comunal.
Com a chegada do Cristianismo na Ucrânia (final do I milênio da era cristã), a Igreja tentou suprimir o festival, mas não obteve sucesso. Assim eles fizeram o que normalmente faziam: combinaram o festival do deus pagão Kupalo com o banquete da Natividade de São João Batista (6 de julho, Calendário Juliano) e a festa passou a ser chamada de Festa de Ivana Kupala (Ivana – relativo a João; Kupala – relativo ao antigo deus pagão). Filho de Zacarias e de Isabel, São João Batista alertava para a chegada do Messias. Salomé, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja.
Durante o dia, os rapazes e as moças, esmeravam-se em confeccionar os bonecos de Marena e Kupalo, geralmente utilizando palha, madeira e velhas peças de roupa. Os bonecos são considerados símbolos do amor entre o homem e a mulher (a água e o fogo).
Na noite de Ivana Kupala os jovens se reuniam fora da aldeia, próximo de um riacho ou de uma lagoa onde construíam fogueiras, traziam então para perto do fogo, os bonecos e o ícone de S. João Batista, os quais permaneciam ali durante toda a noite. Aproveitavam também, para queimar ervas especiais abençoadas, para atrair sorte no amor e na colheita.
As meninas cantavam canções especiais chamadas de Kupal’ni, com muitas referências ao amor e ao matrimônio. Atiravam guirlandas de flor (vinotchoky) na água ou na fogueira e pediam para encontrar um grande amor. Os rapazes faziam o mesmo, porém jogavam pequenas cruzes de gravetos. Para atrair a sorte e espantar o azar meninos e meninas pulavam a fogueira. Costumava-se acreditar que o casal que saltasse o fogo de mãos dadas garantiria um casamento próspero.
Os mais aventureiros entravam na floresta e procuravam o paporoti tsvit- uma espécie de flor mágica que só floresce na noite de Ivana Kupala. Dizia a lenda que quem a encontrasse adquiriria grande riqueza e muita felicidade. Mas os aventureiros deviam se precaver naquela noite de magia a floresta estava cheia de demônios e outros seres assustadores (syla nechysta). Em particular, as Rusalky, ninfas de água que afogavam as almas de quem as encontrasse e o Tchuhaistyr, um espírito zombeteiro que vivia nas florestas e obrigava a pessoa que o encontrasse a dançar por toda a noite.
Ao redor da fogueira, canções eram entoadas, música era tocada, e todo mundo dançava e se divertia. Diversos eram os jogos, danças e divertimentos que aconteciam na noite de Kupalo: as moças saíam escondidas de casa para atirar guirlandas ao rio para agradecer e fazer novos pedidos a Kupalo, principalmente relacionados ao amor. Danças como: Hone Víter (corre vento), Dóstchék (a chuvinha), Dubotanetz (a dança do carvalho) eram executadas no dia de Kupalo.
Velhas mulheres da aldeia vendiam filtros amorosos e faziam magias para assegurar uma colheita grande e vários matrimônios. As lendas acerca de bruxas e bruxas (Vid’ma e Vid’mak) ganhavam destaque na época de Kupalo.
Ao final da festa, ao som de alegre música, os bonecos de Marena e Kupalo eram atirados na fogueira ou no rio. Acreditava-se que dessa maneira suas almas se encontrariam no outro mundo, garantindo assim a perpetuação da espécie humana e uma farta colheita.

(Na foto: Folclore Ucraniano Spomen, Mallet, PR)

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Beltane

Hemisfério Norte: 1º de Maio – Hemisfério Sul: 31 de Outubro

BELTANE2Também conhecido como Dia 1º de Maio, Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht, o Sabbat Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu consorte, o Deus, sendo também um festival de fertilidade. Na Religião Antiga, a palavra “fertilidade” significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica por si só.

Festival celebrado no dia 31 de outubro (Deireadh Fomhair) marca a entrada da parte clara do ano. Beltane ou Bealtaine significa literalmente “fogo brilhante” ou “fogos de Bel”, em homenagem a Bilé, considerado o pai dos Deuses e dos homens. Foi em Beltane que os Tuatha de Danann chegaram à Irlanda. Este festival comemora a união dos amantes, a fertilidade, a cura e a criatividade. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 1º de maio.
BELTANEBeltane é o oposto de Samhain e representa o início do verão e o final do inverno. As tradicionais Fogueiras de Beltane e as oferendas nos Poços Sagrados são atividades típicas dessa época, simbolizando a proteção e a boa sorte. É a união sagrada entre o Céu e a Terra, onde dois mundos novamente se encontram, pois os véus do Outro Mundo se tornam mais tênues.
Beltane celebra também o retorno do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. É baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiões que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.

BELTANE5No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a “morte” do Inverno, o “nascimento” da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de 1º de Maio para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se o ritual do Sabbat em honra à Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os membros do Coven dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em torno do Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus. A alegria e o divertimento costumam estender-se até as primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1o, o orvalho da manhã é coletado das flores e da grama para ser usado em poções místicas de boa sorte.

BELTANE3O calor do Sol e a exuberância da natureza representam a paixão e o amor, marcando uma época de grande poder. A luz das fogueiras, no topo dos montes e em lugares sagrados, eram rituais muito importantes em todas as terras célticas, principalmente para a purificação do gado.
“Lá Bealtaine” é conhecido na mitologia irlandesa como: “Entre os dois Fogos de Beltane”, as grandes fogueiras marcam também um tempo de purificação e de transição, anunciando a esperança de boas colheitas e as bênçãos da criação em nossas vidas. Um costume típico de Beltane é passar por entre duas fogueiras, o fogo pode ser representado por velas ou tochas. Os celtas continentais celebravam em honra à Belenos, nessa epóca do ano.
Este é um ritual muito alegre, comemorado com danças e músicas!
Essa é uma época excelente para se fazer encantamentos de cura, amor e prosperidade, além de colher o orvalho no amanhecer de Beltane para lavar o rosto e, com isso receber, suas bênçãos de beleza e juventude. Que assim seja!
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane. Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabbat. Antes da cerimônia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de “bruxo de Beltane”, e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.
Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles na fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Beltane
Correspondências:
– Correlação: festival da fertilidade, da purificação e da renovação através do fogo.
– Símbolos: cor vermelha e branca, flores vermelhas, folhas verdes e guirlandas coloridas.
– Incensos: olíbano, lilás e rosa, patchouli, almíscar ou rosas.
– Alimentos: vinho tinto, sidra ou suco, bolo de mel, pães e frutas vermelhas.
– Cores das velas: verde escuro.
– Pedras preciosas sagradas: esmeralda, cornalina laranja, safira, quartzo rosa.
– Ervas ritualísticas tradicionais: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cinco-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz satyrion, aspérula e primaveras amarelas.

Fogo Brilhante
Pelas terras além do horizonte,
Ventos sopram as chamas do fogo brilhante
Os Deuses giram até a fonte
Fazendo o coração pulsar rapidamente
Dança do amor sob a luz do luar
O destino além das imagens
Que brilham diante desse olhar
Movimento do corpo que geme de prazer
Na dança sagrada que une a taça e a espada
Corações unidos pelo eterno brilho de Bel
Resgatam as memórias de Avalon
Neste inebriante líquido sagrado de mel
O anel de ouro sela o beijo de prata
Pelas brumas que florescem novamente
Apenas para ritualizar esse divino amor
Onde os amantes se encontram finalmente

 

Ritual do Sabbath Beltane

BELTANE4O Sabbath Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer da lua da Véspera de 1º de Maio (ou de Novembro, no hemisfério sul), sendo tradicionalmente realizado no alto de uma montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. (Antigamente as grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.).

Se você planeja festejar Beltane em ambiente fechado, deverá acender o fogo em um local apropriado. Certifique-se de colocar um galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas malévolos. Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de Bel tane.
Vista-se com cores brilhantes da Primavera (a não ser que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte nos cabelos. Antes de vestir-se para a cerimônia, medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de quaisquer impurezas ou energias negativas.BELTANE1
Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Cornífero. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão. No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de vinho. Acenda 13 velas verde escuras em torno do círculo.

Prepare uma coroa de flores do campo que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas, primaveras ou malmequeres, e coloque-a no altar diante dos símbolos da Deusa e do Deus. Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca de 1m de altura) à direita do altar, enfeitado com flores e fitas de cores brilhantes.
Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incenso. Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga:

EM HONRA À DEUSA E AO DEUS CORNÍFERO, E SOB A SUA PROTEÇÃO,
INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBATH.

Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar, cumprimente com ele o leste, e diga:

OH, DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES,
A TI EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO.

Segure o punhal em saudação na direção sul e diga:

ABENÇOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA,
PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS,
OH, DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.

Segure o seu punhal em saudação ao oeste, e diga:

OLIBANO E SELO-DE-SALOMÃO, GRAÇAS A ELA QUE FAZ GIRAR A RODA!

Segure o punhal e saúde o norte, dizendo:

ABENÇOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA, PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR. DEUS DIVINO DAS TREVAS, DEUS DIVINO DA LUZ, ESTA NOITE EU CELEBRO OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. Quando esse ritual é realizado por um Coven, o costume é que o Alto Sacerdote a coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotisa. Ajoelhe-se diante do altar, olhando para as imagens das deidades pagãs da fertilidade. Abra os braços e diga:

ESPÍRITOS DA ÁGUA E DO AR, EU PEÇO QUE OUÇAM A MINHA PRECE:
QUE O CÉU E O MAR PERMANEÇAM LIMPOS, QUE A TERRA SEJA FÉRTIL E VERDE.
ESPÍRITOS DO FOGO, ESPÍRITOS DA MÃE TERRA,
QUE O MUNDO SEJA ABENÇOADO COM PAZ, AMOR E ALEGRIA.

Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esticado, e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus, feche os olhos e diga:

QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE,
ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL.
AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR,
A GRANDE RODA DA VIDA GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.

Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar. O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um banquete, de cantos e danças na direção do movimento do sol em torno da fogueira de Beltane ou do mastro decorado para simbolizar a união divina da Deusa com o Deus.

Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

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Samhain – O Fim e o Início de um Ano Novo

Hemisfério Norte: 31 de Outubro – Hemisfério Sul: 1º de Maio

samhain1Em Samhain,o Festival do retorno da Morte,os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia,a Senhora do Caldeirão,e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno. – Mito da Roda do Ano na Religião Antiga.

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
… E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo “outro mundo”. O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

imagesCADOOQY8A Roda do Ano na Religião antiga na verdade é um ciclo que não tem começo nem fim, mas Samhaim é considerado tradicionalmente o Ano Novo na Religião Antiga, pela sua simbologia de morte e suspensão do véu entre os mundos.
Na verdade, mesmo os mitos celtas giram em torno do que acontece na natureza. Inverno, primavera, verão e outono representam, na verdade, nascimento, crescimento, decadência e morte, e a roda gira continuamente.
Samhain , festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo das Bruxos. Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão, para o “Outro Mundo”.
a_morte1O “Outro Mundo” celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
É o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.

Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do “Outro Mundo” e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.
Samhain significa “Sem Luz”, pois, nessa noite, o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule . É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno.

O Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução. A data marca o fim do Calendário celta.

A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.
Ao pôr-do-Sol do dia 31 de Outubro tem início o Samhain (em inglês pronuncia-se SOW-in, SAH-vin ou SAM-hayne, e significa “Fim do Verão”) uma celebração muito especial da 3ª e última colheita agrícola. A metade do ano dominada pelo Inverno e o Ano Novo celta começam neste Sabbath.
Muitas culturas em todo o mundo comemoram o seu Dia dos Mortos nesta data, mas o Samhain da tradição pagã teve origem nos celtas que em tempos habitaram as Ilhas Britânicas. A cultura norte-americana conhece-o por “Halloween”, a Noite das Bruxas, mas é muito mais do que isso: é um momento mágico em que as leis do tempo e de espaço são temporariamente suspensas, pois é levantado o véu que separa os mundos.

Happy-Halloween-halloween-15314954-1280-800Na Europa pré-cristã, esta altura do ano marcava o início dos meses de frio e de pouca fartura. Os rebanhos eram recolhidos a abrigos de Inverno, mas alguns animais eram abatidos para que a sua carne servisse de alimento até à Primavera seguinte. Além da sua importância agrícola, os Celtas encaravam o Samhain como um momento muito espiritual: a meio do período que separa o Equinócio de Outono do Solstício de Inverno, os povos antigos atribuíam-lhe grandes poderes de magia e comunhão com os espíritos. O “véu entre os mundos” dos vivos e dos mortos estava, nesta altura, tão fino quanto possível, pelo que era o momento oportuno para convidar os mortos a regressarem para junto dos seus entes queridos ainda vivos. A reunião era comemorada com uma mesa farta, onde sobravam cadeiras para os “convidados invisíveis”, e executavam-se rituais para apaziguar os espíritos e comunicar com o outro mundo. Outras práticas que encontravam no Samhain um momento propício eram a divinhação e os pedidos de desejos para o ano novo.
São inúmeras as tradições associadas ao Samhain, e que ainda hoje se praticam:

– Oferecer de comida em altares ou degraus, para alimentar os mortos que nessa noite vagueiem entre nós
– Acender velas às janelas, para ajudar a guiar até casa os espíritos dos antepassados.
– Acender fogueiras que vão conter a energia do Deus morto, iluminar a escuridão da noite, afastar o mal, receber a luz do Ano Novo e purificar o espaço ritual ou o lar.
– Enterrar maçãs à beira das estradas para dar algum conforto aos espíritos que se perderam ou que não têm descendentes que olhem por eles.
– Esvaziar e esculpir abóboras, dando-lhes uma cara alegre de espíritos protetores para que velem pelos vivos nesta noite de magia e caos.
– Não viajar nesta noite; vestir de branco, com disfarces ou roupas do sexo oposto, para enganar os pequenos espíritos que andam à solta a pregar partidas.
O Deus-Sol morre, simbolicamente, para voltar a nascer do ventre da Deusa-Mãe no Solstício de Inverno (Yule). Este ciclo perpétuo é essencial à regeneração da terra após as colheitas, e do ser humano, que tem aqui uma boa oportunidade de meditar sobre si mesmo, transformando o velho ego (o Sol que “morre”) num novo ego que incorpora já as experiências vividas no último ano e abandona velhos paradigmas que já não são úteis à evolução da alma.
Este é o tempo de refletir sobre a sua própria mortalidade. Aproveite!
Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a casa para visitar os familiares, e para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira, era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo. Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo. O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisíveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia. Uma das datas do calendário lunar celta de Coligny pode ser associada ao Samhain.
Esta é a primeira e ultima celebração do ano na Religião Antiga pois é quando o ano acaba e começa .
Este é igualmente um dos oito sabbaths com maior relevância, pois é a noite em que o caos primordial retorna para o inicio do novo ano, é por isso a noite em que o mundo dos vivos se mistura com o dos mortos.
Os Celtas não acreditavam em demônios, mas determinadas entidades mágicas eram consideradas hostis para os humanos, seus animais e colheitas. Deste modo muitas pessoas pregavam partidas aos seus vizinhos, desde trocar os gados, por figuras humanoides em locais para assustar, ao qual se tornou muito famosa a Jack o’Lantern ou a famosa abóbora iluminada de Halloween.
Alguns Covens festejam o Samhain na data exata em que nesse ano o sol se encontra aos quinze graus da casa astrológica de escorpião, em detrimento da data tradicional.

A palavra Samhain significa fim de verão e deriva de duas palavras “samh”,verão, e “fuin”, fim. O mês de Novembro é chamado em Irlandês de “La Samnha”.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.
Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.

Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.
De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno).

Samhain é um dos quatro grandes Sabbaths e muitas vezes é considerado o Grande Sabbath.

Samhain é um tempo para a reflexão, no qual olhamos para o ano mágico que passou e estabelecemos as metas para nossa vida no ano que entra.
Na Religião Antiga usam esse período para refletir no significado e na importância da morte tendo em mente que ela não é um fim, mas uma etapa natural do ciclo de nascimento-morte-renascimento.
Em um sentido mágico, Samhain é um momento para as Bruxas (os) descansarem e reavaliarem sua vida e seus objetivos. Agora é quando queremos nos livrar de qualquer negatividade ou oposição que possa cercar nossas realizações ou prejudicar progressos futuros. Mabon foi a concretização dos nossos desejos, e agora nós precisamos estabilizar e proteger o que ganhamos. Isso é muito importante, uma vez que é impossível se concentrar, quanto mais pôr energia em novos objetivos se o que nós temos não está seguro.

Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabbaths, enquanto os Solstícios e Equinócios são pequenos Sabbaths.
Ritual dedicado aos ancestrais, à Morrighan, Dagda e Manannán Mac Lir. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 31 de outubro.
Na Irlanda antiga, em Samhain todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano.

A comemoração do Ano Novo Celta é um momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro. É o momento da abertura dos portões entre os mundos e o véu que os oculta, se torna mais tênue. Época ideal para acessarmos o Outro Mundo.

Samhain marca também o início de um novo período e um novo recomeço em nossas vidas. Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer, acenda velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, da terra e da tradição.
Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior. Este festival é sinônimo de quietude, introspecção e renovação – representada pela união sagrada de Morrighan e Dagda.
Celebrem e vivenciem todas as fases da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo para aqueles que não estão conectados a ela. O ciclo eterno das transformações…
Onde o fim representa o começo, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!

Antes do ritual

ERVAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.
COMIDAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, Gengibre, Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Samhain

Correspondências:
– Correlação: celebração do ano novo celta, final e começo de ciclo e dia dos mortos.
– Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
– Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
– Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.

 

Rainha das Sombras
No ciclo infindável da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Harpa mágica que dedilha a sonata.
Num tempo passado e repassado
Caminha pela estrada da vida,

Verde esmeralda, ancestrais do passado.

Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain,
Rumo a um novo despertar.
Onde a noite ultrapassa o dia enfim,
Salve, Rainha das Sombras,
Senhora do começo, meio e fim!
(Extraído do livro Brumas do Tempo)

COMEMORANDO O SAMHAIN
altarsamhainDeposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso crie o círculo. Invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda.erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;

“Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem, Ó rei Sol através do poente rumo à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram, E dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caído, Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão Surge a mais intensa luz.”

Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. Acenda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas e diga:

“Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, Criei este fogo dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!”

Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir.

Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.

 

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Litha – Solstício de Verão

Primeiro dia do verão (Solstício do Verão).

Hemisfério Norte: 21 de Junho – Hemisfério Sul: 21 de Dezembro

Festival celebrado no dia 21 de dezembro com o Solstício de Verão. O mês de dezembro em gaélico se summer-solstice-sunrise-05-cc-kim-mo_002chama Nollaig. Em galês este festival é conhecido como Alban Hefin ou a Luz do Verão, é o êxtase máximo da união sagrada, onde o poder da criação está mais ativo e o Sol finalmente atingiu o seu apogeu. A natureza encontra-se plena de luz e magia. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 21 de junho.
O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.
LITHA1No dia mais longo do ano, no ápice do verão, aproveite para meditar sob o sol da manhã, celebrando durante todo o dia até o anoitecer, trazendo assim, toda magia solar para o seu interior. Esta é a época para se homenagear o Sol e nas tradições pagãs costuma-se pular fogueiras para a purificação, a fertilidade, a saúde e o amor.
Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbath do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)
No Solstício de Verão, também é o tempo em que o carvalho floresce e sua energia é especialmente honrada, onde o visco sagrado era colhido pelos antigos druidas, numa cerimônia tradicional. Muitos círculos de pedras e monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do sol nesse dia, incluindo Stonehenge.
Aproveite esse ritual para fazer oferendas e comunicar-se com o “Povo das Fadas”, pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão. Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo. essasfadinhasEste festival é propício para renovar todas as vibrações tanto da casa, como das pessoas. Além de ser um momento ideal para ativar a prosperidade, a prática de jogos recreativos e piqueniques em família.

Período de materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o seu merecimento, tornando-se realidade. Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão.
O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia.
É o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbath do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.

Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar o Solstício de Verão

Correspondências:
– Correlação: festas juninas, o midsummer, a noite das fadas e da magia.
– Símbolos: cor amarela e laranja, flores de girassol e símbolos solares.
– Incensos: alecrim, louro ou canela, olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia..
– Alimentos: vinho tinto, sucos cítricos, pães, frutas e hidromel.
– Cores das velas: azul, verde.
– Pedras preciosas sagradas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
– Ervas ritualísticas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.

Saudação a Cernunnoshomem-verde-da-natureza-243x300
Louvado seja o Homem Verde!
Senhor dos espíritos da natureza,
Aquele que dirige sabiamente os animais,
Os bosques e os campos verdes de infinita beleza.
Deus da liberdade e da fertilidade,
Circunde de luz a terra sagrada
Muito além dos portais do Outro Mundo,
Onde seres feéricos fazem sua morada.
Para o deleite das almas cansadas,
Que tudo regenera e fertiliza.
Ser sagrado das folhas novas do carvalho
Ouça o chamado da nobre druidisa.
Inspire-nos pelos ventos da transformação
Na divina sabedoria de nossos ancestrais.
Faça valer o código da honra e da verdade,
Preservando junto de ti antigos rituais.
Pelo fogo ardente das paixões
Resgate o amor e a esperança divina
Nos corações de todas as criaturas,
Através da água mais pura e cristalina.
Abençoe-nos para que tudo sempre renasça.
Que assim seja e assim se faça!

 

Ritual do Sabbath Litha

Litha_Altar_by_WilhelmineO ritual que se segue é tradicionalmente realizado pelos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza. Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recentemente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro de círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando em movimento destrógiro.
Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. No ponto cardeal correspondente ao Ar, coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. No ponto cardeal correspondente à Água, coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva).

Observação: A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.
As conexões com os quadrantes variam muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação “padrão” Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde “vinham os deuses”
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles
. o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente
Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.
Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz:

EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA.

Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga:

COM SAL E ÁGUA EU CONSAGRO E ABENÇOO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.

Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz:

OH, ABENÇOADA MÃE TERRA, DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO,
A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO.
EM TEU NOME SAGRADO E SOB A TUA PROTEÇÃO INICIA-SE ESTE RITUAL DO SABBATH.

Faça soar o sino três vezes e invoque:

ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA,
MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA,
EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM.

Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos. Leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz:

EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI,
OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.

Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga:

COM O SOL NO SEU ZÊNITE EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO
EM HONRA A TI, OH GRANDE DEUSA.
E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS.
À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER O TEU AMOR DIVINO
E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.

Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre:

ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA!
A DEUSA É VIDA. A DEUSA É AMOR, ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR QUE MUDA AS
ESTAÇÕES E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO.
ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS.
A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES. ELA É A VIDA, ELA É A MORTE, ELA É O RENASCIMENTO.
ELA É O DIA, ELA É A NOITE, ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ, ELA É TODAS AS COISAS
SELVAGENS E LIVRES.
ASSIM SEJA.

O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa.
Fonte: ‘Wicca – A Feitiçaria Moderna’, de Gerina Dunwich

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A criança e a Deusa

maio 10, 2015 Comentários desligados

A criança sussurrou:
“Deusa, fale comigo”
E uma cotovia cantou.
Mas a criança não ouviu.
Assim, a criança gritou:
“Deusa, fale comigo!”
E o trovão rolou pelo céu…
Mas a criança não ouviu.
A criança olhou ao redor e disse:
“Deusa, deixe-me ver você.”
E uma estrela brilhou
Mas a criança não percebeu.
E a criança gritou:
“Deusa, mostre-me um milagre!”
E uma vida nasceu…
Mas a criança não sabia.
Assim, a criança chorou em desespero,
“Toque-me Deusa, e deixe-me saber que você está aqui!”
Então a Deusa desceu
E tocou na criança.
Mas a criança espantou a borboleta
E afastou-se sem saber…

A Deusa está em tudo. Ela é tudo.

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